Jovem veterinária morre após ingerir peixe contaminado
Uma veterinária, de 31 anos, morreu nesta quarta-feira (3) após ingerir um peixe contaminado e contrair a Síndrome de Haff. O diagnóstico também é conhecido como “doença da urina preta”, devido a um dos principais sintomas. Cynthia Priscyla Andrade de Souza consumiu um peixe da espécie Arabaiana, também conhecido como olho-de-boi.
De acordo com informações do portal R7, o caso foi registrado na tarde do dia 18 de fevereiro, logo após a veterinária almoçar em um restaurante de Recife. Depois de ingerir o peixe com a toxina, a mulher começou a apresentar sintomas, ficou com o corpo enrijecido e não conseguiu mais se movimentar.
De imediato a veterinária foi encaminhada para o Hospital Português, no bairro Paissandu, na região central da capital pernambucana. A equipe médica identificou a Síndrome de Haff e iniciou o tratamento. Porém, 14 dias após a internação, a morte encefálica foi declarada com exames de dois médicos. Priscyla não apresentava sinais vitais.
A mãe, a empresária Betânia Andrade, a irmã, Flávia Andrade, um sobrinho e duas secretárias também participaram do almoço. Somente a mãe, que não consumiu o pescado, não apresentou sintomas da síndrome. Todos os outros tiveram reação e a irmã da vítima chegou a ser hospitalizada.
Entretanto, Flávia recebeu alta seis dias após a ingestão do peixe.
Síndrome de Haff
A doença conhecida como “urina preta” é uma infecção rara que acontece de maneira repentina. Os principais sintomas são dores e rigidez nos músculos, dormência, falta de ar e urina escura, semelhante à cor de café.
A causa da Síndrome de Haff está relacionada à ingestão de peixes de água doce e crustáceos que desenvolvem uma toxina biológica. Alguns médicos relatam que a bactéria causa um odor forte e altera o sabor da proteína.
A evolução da doença é rápida e caso o tratamento não seja iniciado tão logo, as vítimas podem sofrer insuficiência renal, falência múltipla de órgãos e até a morte.
De acordo com dados da Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES-PE), foram registrados no estado 15 casos da doença entre 2017 e 2021.