A rede municipal de saúde pública de Curitiba atendeu, na terça-feira (17), 120 pessoas com sintomas relacionados à inalação de fumaça proveniente do incêndio no depósito da empresa Electrolux. Na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Pinheirinho, foram atendidas 49 pessoas – e destas, oito foram internadas, todos profissionais da brigada de incêndio da empresa que tiveram contato direto com a fumaça logo que as chamas começaram. Os demais foram medicados, receberam oxigenação e foram orientados a permanecer fora do perímetro delimitado pela Defesa Civil –  um raio de três quilômetros a partir do local do incêndio. Nas unidades básicas de saúde da região, foram registrados 71 atendimentos de pessoas com sintomas decorrentes da fumaça.

“A toxicidade é determinada tanto pela concentração do produto quanto pela distância que se está do foco. Por isso, até o momento, somente os profissionais da brigada continuam nos hospitais em observação”, explicou Moacir Pires Ramos, diretor do Centro de Epidemiologia da secretaria.

A médica Andréa Oliveira Naufel, do Samu de Curitiba, que esteve em Santa Maria (RS) no início do ano para auxiliar no atendimento às vítimas da Boate Kiss, vai assessorar as equipes médicas da Secretaria de Saúde no atendimento às pessoas mais expostas à fumaça do incêndio, com o apoio dos médicos especialistas que atuaram na cidade gaúcha.

Sintomas

Vermelhidão nos olhos, irritação na garganta, tosse, dor de cabeça, falta de ar e eventualmente vômitos são os principais sinais de intoxicação pela fumaça. A Secretaria Municipal da Saúde orienta que quem tiver esses sinais deve procurar a unidade de saúde de referência para ser avaliado e, se necessário, a própria unidade fará o encaminhamento para as UPAs ou hospitais. Os sintomas podem aparecer num período de até sete dias após a inalação.

Outra orientação é que para as pessoas que moram próximas ao local do acidente e possuem algum quadro alérgico anterior, como bronquites, o melhor é se afastar do local indo pra casa de um parente ou amigo.