O técnico João Burse é um bom exemplo do profissionalismo do Cianorte. O clube do Paraná foi fundado há 19 anos e evolui gradativamente no cenário nacional.
Burse tem 38 anos e é um treinador de sucesso nas categorias de base. Ele foi o escolhido pelo presidente Lucas Franzato, de 31 anos, para tocar o projeto e está em Cianorte desde 2019.
O ápice será enfrentar o Santos pela terceira fase da Copa do Brasil. O primeiro duelo será nesta terça-feira, às 19h, em Cianorte.
“O clube Cianorte é jovem, de 19 anos, e a cada ano que passa evolui, se estruturando. Lucas Franzato, o presidente, tem 31 anos. Em 2018, chegou à terceira fase da Copa do Brasil e construiu centro de treinamento com dois campos, academia e uma boa estrutura. Cheguei em 2019, sem calendário a nível nacional. Era o grande objetivo para 2021. Chegamos à semifinal do Estadual, perdendo para o Coritiba, e conseguimos Copa do Brasil e Série D. Chegamos à terceira fase novamente na Copa do Brasil e conseguimos com esses recursos uma melhora no departamento de fisioterapia, equipamentos, e criação de centro de inteligência com drones, computador, câmeras. A cada fase que avançamos, estruturamos melhor o clube e nos tornamos mais competitivos”, disse João Burse, em entrevista à Gazeta Esportiva.
“Para os padrões brasileiros, é difícil estar há tanto tempo no cargo. Isso mostra o planejamento do clube. Fui atleta de futebol, depois estudei, fiz Educação Física, os cursos da CBF. Licença B e terminando a Licença A agora antes da pró. São quase 10 anos de base. Comecei no Mogi Mirim na Era Rivaldo, fui para o sub-20, em 2013 fomos campeões paulistas sub-20 e isso chamou a atenção, por isso fui para o Vitória em 2014. Fiquei dois anos e meio e consegui o título de Copa do Brasil, por exemplo, na base. Fui contratado pelo Palmeiras e fiquei mais de dois anos na base. Atletas como Gabriel Menino e Patrick de Paula trabalharam comigo. Voltei para o Vitória para sub-20 e sub-23. Ganhamos Copa do Nordeste e conseguimos duas semifinais do Aspirantes. Assumi interinamente o profissional em algumas partidas até ser chamado pelo Cianorte. Aceitei o convite e estou desde 2019”, completou.
Com trajetória de sucesso nas categorias de base, Burse conhece bem os novos jogadores do elenco profissional do Santos – casos dos titulares Kaiky, Gabriel Pirani e Ângelo.
O momento do Peixe é ruim, mas o Cianorte adota cautela e aposta no entrosamento para surpreender.
“Santos não vive bom momento, mas é o Santos. Grandes jogadores, grande treinador. Temos muito respeito e cuidado. Trabalhamos muito para fazer grandes jogos. Toda equipe tem suas fragilidades e potencialidades, por isso avaliamos muito bem o Santos”, afirmou.
“Ajuda, né? Tenho um time há muito tempo comigo, isso facilita o entrosamento. Tivemos ajuste em final de Estadual, uns chegaram e outros saíram, mas a base se mantém desde 2019. Santos tem time jovem, mas muito forte, e um treinador muito bom, de filosofia autêntica de posse e imposição. E por ter vindo da base, conheço todos os novos atletas do Santos. Kaiky, Pirani, Ângelo… Santos tem grande trabalho na base e sempre lança talentos. Temos que tomar muito cuidado com eles”, concluiu.
Após o primeiro encontro, a decisão será na Vila Belmiro, dia 8 de junho. O Santos precisa se classificar após as eliminações precoces no Campeonato Paulista e Libertadores. E o Cianorte tenta fazer história.