Spielberg leva fanatismo da vida toda a um reinventado "Amor, Sublime Amor"

Publicado em 6 dez 2021, às 16h12. Atualizado às 16h16.

Por Jill Serjeant

LOS ANGELES (Reuters) – Steven Spielberg vem refazendo o clássico musical “Amor, Sublime Amor” em sua cabeça há décadas, mas diz que finalmente enfrentá-lo foi seu desafio mais arriscado em uma carreira que já dura 50 anos.

Meio século depois que o musical escrito por Leonard Bernstein e Stephen Sondheim ganhou 10 Oscars, Spielberg reinventou a história de amor ambientada entre gangues de rua rivais para uma nova geração, mas com a reverência de um verdadeiro fã.

“As letras fazem parte da minha vida há 65 anos”, disse ele. “Todos os meus filhos memorizaram o álbum e tenho vídeos caseiros dos meus filhos cantando ‘Amor, Sublime Amor’ na nossa sala de estar.”

Sondheim, que escreveu a letra do musical, morreu aos 91 anos três dias antes da estreia mundial do novo filme.

“Amor, Sublime Amor” –ou “West Side Story” na versão em inglês– a primeira chance de Spielberg de dirigir um musical, estreia nos cinemas do mundo todo nesta semana com todos os personagens latinos interpretados por atores latinos e uma coreografia que faz um aceno afetuoso à inovadora versão original sem reproduzi-la diretamente.

Baseado em “Romeu e Julieta” de Shakespeare, o novo filme dá mais ênfase às questões de raça, imigração, pobreza e marginalização que dominam a vida em uma área pobre dos anos de 1950 em Nova York.

“Mesmo que ainda tenhamos feito nosso filme em 1957, foi muito importante colocá-lo no vernáculo da maneira como essa geração fala e interage entre si hoje”, disse Spielberg.

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