O Senado pediu para o governo Jair Bolsonaro incluir o Pantanal nas atribuições do Conselho Nacional da Amazônia Legal em função das queimadas na região. O órgão é presidido pelo vice-presidente da República, Hamilton Mourão, e foi pressionado recentemente por investidores estrangeiros para dar respostas efetivas para o combate ao desmatamento.
A presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Simone Tebet (MDB-MS), elaborou uma indicação formal ao presidente da República. Após aval da Mesa Diretora da Casa, a sugestão vai ser encaminhada ao Palácio do Planalto.
“O gado está morrendo, o Rio Paraguai já não consegue navegabilidade, consequentemente estamos tendo prejuízos nas nossas exportações. Perde Mato Grosso do Sul, perde Brasil e perde o mundo. A maior planície alagável do mundo está literalmente em chamas”, afirmou a senadora ao justificar o pedido.
As queimadas já devastaram mais de 1,2 milhão de hectares de vegetação nativa, nos dois últimos meses, no Pantanal, um dos principais ecossistemas brasileiros. Foram queimados 815 mil hectares em Mato Grosso do Sul e 350 mil hectares no território coberto pelo bioma em Mato Grosso de acordo com dados do Corpo de Bombeiros dos dois Estados.