Seguranças filmam momento em que temporal arranca telhado da Unioeste, em Foz do Iguaçu

por Julia Cappeletto
com informações do Fidel Alvarenga e supervisão de Caroline Berticelli, da RIC Record TV Oeste
Publicado em 25 out 2021, às 17h51.

O temporal registrado no oeste do Paraná, no último sábado (23), assustou os moradores de Foz do Iguaçu. O dia virou noite com as nuvens carregadas, vindas da Argentina, que cobriram toda a cidade. Em um vídeo, divulgado nas redes sociais, operários que trabalhavam na construção da segunda ponte entre Brasil e Paraguai ficaram aterrorizados com o que viram.

A tempestade veio com ventos de até 70 km por hora. Segundo a Defesa Civil, cerca de 100 árvores caíram e dezenas de casas foram destelhadas, seis escolas e três Cmeis também foram atingidos.

“Tivemos bastante prejuízos, principalmente em residências, vias e prédios públicos, rede elétrica. Várias famílias foram atendidas com lonas plásticas, duas famílias foram conduzidas a abrigos no município, em razão de suas residências estarem alagadas”,

conta o coordenador da Defesa Civil Vandro Cezar.

Já na manhã desta segunda-feira (25), profissionais da Copel e de empresas de telefonia faziam o levantamento dos prejuízos pela cidade. Em uma rua, da região norte de Foz do Iguaçu, 21 postes caíram, muitas casas nessa área ainda continuam sem luz e sem água, desde sábado. Um homem morreu eletrocutado ao tentar abrir o portão de casa, onde os fios haviam caído.

A Itaipu Binacional também teve prejuízos com a tempestade. Os ventos fortes derrubaram torres de transmissão, que interromperam o funcionamento de 5 das 20 geradoras de energia. A usina precisou verter água para evitar um problema maior. Apesar do problema, ainda no mesmo dia, a situação foi resolvida e agora a Itaipu opera normalmente.

Próximo da Usina está localizada a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) e alguns vídeos feitos pelos seguranças do local mostra a reação deles durante o temporal.

No dia seguinte, a Universidade tinha entulhos espalhados por todo o campus. As telhas de zinco foram arrancadas com o vento, algumas janelas também quebraram. Imagens aéreas mostram com mais detalhes os estragos. As rajadas de vento causaram prejuízo em todos os pavilhões, sendo que três deles tiveram os telhados completamente arrancados.

“Como todo órgão público, nós temos um formato de seguro. O formato de seguro predial é muito aquém, não é feito pra isso, o valor de apólice é muito pequeno. Mas, nós já estamos fazendo um trabalho junto ao Governo do Estado, que já se mostrou sensível com a nossa reitoria, de arrecadar os recursos necessários”,

afirma o diretor do campus de Foz do Iguaçu, da Unioeste.

Os trabalhos de reconstrução pela cidade devem durar toda essa semana.

“Ainda temos árvores em cima de residências. Como o tempo, agora, está possibilitando, o trabalho vai ser muito mais rápido. Pessoas que tiveram o telhado danificado, pessoas carentes, em situação de vulnerabilidade social, a gente vai estar disponibilizando telhas. Mas, é importante frisar que é preciso que essas pessoas procurem o CRAS da sua região, que vai abrir o seu cadastro e nós estaremos disponibilizando telhas de 4 milímetros, dentro da necessidade da pessoa”,

explica o coordenador da Defesa Civil.