A Secretaria de Estado da Saúde confirmou primeira morte por dengue registrada no Paraná em 2014. A vítima é uma moradora de Nova Londrina, que morreu no dia 3 de janeiro, na Santa Casa de Paranavaí.

De acordo com a investigação do Comitê Estadual de Mortalidade da Dengue, a paciente apresentou os primeiros sintomas da doença em Nova Londrina, no dia 21 de dezembro. Apesar disso, ela viajou a Curitiba e procurou atendimento médico somente no dia 25, em um hospital da capital.

A equipe médica diagnosticou o caso como dengue imediatamente e recomendou que a paciente fosse internada para hidratação, visto que já apresentava sinais de alarme. Contudo, horas depois a paciente solicitou alta para retornar a Nova Londrina, contrariando indicação médica.

No decorrer dos dias, o caso foi se agravando e ela procurou o Pronto Atendimento de Nova Londrina, onde foi medicada e liberada. O quadro piorou ainda mais e, em 28 de dezembro, ela foi novamente internada, primeiro no hospital municipal de Marilena e depois na UTI da Santa Casa de Paranavaí, onde morreu seis dias depois.

Além desta morte, Londrina, o Estado investiga outro óbito de uma paciente moradora de Flórida, no Norte do Paraná. O resultado da investigação será divulgado nos próximos boletins da dengue.

Números

Desde o último mês de agosto, 501 casos de dengue foram confirmados no Paraná.  A situação é de alerta no Noroeste, Norte e Oeste, que concentram o maior número de casos e também registram condições climáticas favoráveis para o desenvolvimento do mosquito transmissor da doença.

“Todos devemos fazer a nossa parte e eliminar recipientes que possam acumular água. Atualmente, o principal problema é com o lixo reciclável, que muitas vezes é descartado de maneira inadequada e pode se tornar criadouro do mosquito”, diz o superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz.

Até agora, três cidades já alcançaram taxa de incidência de casos considerada epidêmica, ou seja, acima de 300 casos por 100 mil habitantes. Juntas, Londrina, Marilena e Alvorada do Sul contabilizam 165 casos, quase um terço do total de casos do Estado. Nestas cidades, o Governo do Estado já liberou a utilização do fumacê para combater o mosquito adulto. Neste ano, Londrina, Cambé e Foz do Iguaçu também já aplicam o inseticida contra o mosquito através do fumacê.