O Dia Mundial de Prevenção de Quedas em Idosos é lembrado todo dia 24 de junho, e para alertar sobre os riscos de acidentes a Secretaria de Estado da Saúde chama a atenção para a prevenção. A data foi instituída porque as quedas são a primeira causa de acidentes em pessoas com idade superior a 60 anos, sendo que entre 5 a 10% delas resultam em lesões graves.

Segundo a coordenadora do departamento de Atenção Primária à Saúde, Shunaida Sonobe, a queda é um evento bastante comum e pode ser devastador em idosos. Com o avançar da idade, o indivíduo torna-se mais frágil, principalmente devido a mudanças inerentes ao processo natural do envelhecimento. Tais fatores, como a redução da visão e audição, diminuição da massa muscular, alterações do equilíbrio, problemas nas articulações e nos pés, além do uso de medicações aumentam o risco do idoso cair.

Para minimizar esses acidentes ou até mesmo evitar as quedas, uma série de atitudes deve ser tomada. “A prevenção é o melhor caminho. É essencial que o idoso cuide de sua saúde e mantenha hábitos de vida saudáveis, como alimentação adequada e prática rotineira de atividade física sob orientação de um profissional habilitado”, diz Shunaida Sonobe.

As quedas podem ser manifestações de doenças ainda não diagnosticadas. Por isso, Shunaida orienta que os idosos procurem a unidade de saúde caso tenham sofrido alguma queda, mesmo que não tenha havido consequências graves. “As quedas podem ser alertas de que a saúde do idoso pode não estar bem”, revela.

Atividades e comportamentos de risco e ambientes inseguros aumentam a probabilidade de cair, pois levam as pessoas a escorregar, tropeçar, errar o passo, pisar em falso ou trombar, criando, assim, desafios ao equilíbrio. “Os riscos dependem da frequência de exposição ao ambiente inseguro e do estado funcional do idoso. Aqueles que usam escada regularmente têm menor risco de cair que idosos que a usam esporadicamente”, comenta Shunaida.

O coordenador da divisão de Saúde do Idoso, Rubens Bendlin, chama a atenção para ‘armadilhas’ que podem determinar a queda. “Pequenas dobras de tapetes ou fios no chão são um problema para idosos”. Bendlin alerta ainda sobre a importância de manter o ambiente domiciliar seguro, assim como prestar atenção em obstáculos quando o idoso sai de casa.

Números

Os acidentes são a quinta causa de mortalidade em idosos e as quedas são a causa mais frequente de acidentes nessa população. Conforme levantamento do Ministério da Saúde, o número de internações de idosos em razão de fraturas do fêmur, por exemplo, causadas principalmente por quedas, cresceu 13% entre o ano 2012 e 2014. Já o número de mortes causadas por quedas cresceu 31% no mesmo período. “Com a população envelhecendo rapidamente, é essencial que nossos esforços extrapolem a preocupação em aumentar o número de anos vividos. Precisamos nos preocupar com a manutenção da qualidade de vida no envelhecimento e para isto a prevenção de quedas é fundamental”, diz Bendlin.