Tudo o que você precisa saber sobre a revisão automotiva
Quem tem um veículo sabe que ele despende alguns gastos ao longo do ano. IPVA, seguro obrigatório, licenciamento, seguro automotivo, combustível, estacionamento, ocasionais multas. Por conta disso, não raro, o proprietário deixa de lado o hábito de manter a revisão do automóvel em dia. Contudo, muitas vezes não percebe que pode estar colocando-se em risco. Para saber mais sobre a importância da revisão automotiva, continue lendo este artigo.
Revisão de veículos novos e usados
Ao comprar um automóvel zero km, o proprietário recebe garantia do fabricante por determinado período, que pode ser de três, quatro, cinco anos. Entretanto, para continuar sob a cobertura da garantia, é preciso fazer as revisões programadas nos locais previstos pelo vendedor.
E quem compra um automóvel seminovo? Neste caso, a revisão é feita para a aquisição do veículo. Mas quanto tempo depois você volta a fazê-la? Na correria do dia a dia, especialmente para quem precisa do automóvel para ir trabalhar, é difícil encaixar um horário que permita parar o veículo por algumas horas ou por um dia. Assim, acaba recorrendo ao mecânico apenas se o carro der sinais de mau funcionamento.
Por conta dos riscos que podem ser causados pela falta das revisões periódicas, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) orienta sobre as condições do veículo que utiliza as vias públicas. Veja:
“Art. 27. Antes de colocar o veículo em circulação nas vias públicas, o condutor deverá verificar a existência e as boas condições de funcionamento dos equipamentos de uso obrigatório, bem como assegurar-se da existência de combustível suficiente para chegar ao local de destino.”
Portanto, preservar as boas condições do veículo, inclusive com combustível suficiente, não é apenas uma escolha do condutor, é também uma obrigatoriedade por lei. Manter o veículo em bom estado é indicado na legislação de trânsito pelo fato de que negligenciar a manutenção necessária coloca não só o motorista, mas os demais que circulam na via em risco.
Penalidade por circular com veículo em más condições
É compreensível que, por haver obrigatoriedade, o CTB preveja infração para quem desrespeitar determinada orientação. Em relação à manutenção do veículo, não é diferente. Assim, quem circula com o veículo em más condições comete infração de trânsito de natureza grave, como versa o art. 230, inciso XVIII do CTB. Neste caso, o condutor pode ser autuado com multa de R$ 195,23, acumular cinco pontos na CNH e ter o veículo retido para regularização.
Para que serve a revisão automotiva?
O que, a princípio, pode ser um desperdício de tempo e dinheiro, é, na verdade, uma forma de economizá-los. Um veículo sem a devida manutenção pode consumir mais combustível, por exemplo. E um problema identificado tardiamente pode ser mais difícil, demorado e oneroso de resolver.
Além disso, os riscos são diversos, como a derrapagem ou aquaplanagem em rodovias ou mau funcionamento de freios, que podem ter consequências fatais.
Assim, manter um automóvel com a manutenção em dia é uma forma de preservar sua vida útil, a segurança e evitar imprevistos e gastos maiores com conserto.
Tipos de revisão automotiva
Há três variações de revisão automotiva, sendo elas:
- Revisão corretiva
Este tipo de manutenção é realizado a fim de corrigir um problema identificado no automóvel. Em geral, a revisão corretiva é realizada com urgência por conta de alguma falha apresentada no veículo. Por isso, dentre os três tipos de revisão, esta é a que possivelmente custará mais caro para o proprietário. Além disso, quando se chega ao ponto de o veículo demandar uma manutenção corretiva, seu proprietário terá um gasto imprevisto no orçamento. O custo varia dependendo do problema a ser resolvido no veículo.
- Revisão preditiva
Esta é uma revisão regular para identificar possíveis falhas futuras, especialmente considerando veículos com mais tempo de uso. É comum e até esperado que, com o tempo de uso do automóvel, algumas peças requeiram manutenção. Esta é uma maneira de agir antes que ocorram problemas maiores.
Na revisão preditiva, alguns dos itens analisados são:
- Óleo
- Vibração no volante
- Vibração na caixa de direção
- Estado das superfícies
- Análise estrutural
Ao contrário da manutenção corretiva, o automóvel submetido à revisão preditiva ainda não deu sinais de mau funcionamento.
- Revisão preventiva
Esta é uma das revisões mais baratas e a que mais previnem “dores de cabeça”. Investir nela é a maneira mais eficiente de evitar gastos maiores, imprevisto e até acidentes, além de preservar a vida útil do automóvel.
Na revisão preventiva, alguns dos itens avaliados são:
- Suspensão
- Alinhamento e balanceamento
- Pneus
- Fluido de freio
- Óleo
Como falei no início, esta revisão é mantida em dia em geral por aqueles que adquirem um veículo zero quilômetro. Porém, ela não deve ser dispensada por quem possui um modelo usado.
Quando levar o veículo para a revisão
É possível acompanhar a necessidade de revisões periódicas pelo manual do seu automóvel. Em geral, recomenda-se que ela seja feita a cada 10 mil quilômetros rodados ou a cada 6 meses – o que ocorrer primeiro.
Além disso, é indispensável fazer uma revisão antes de longas viagens, para averiguar itens como:
- Freios
- Fluidos
- Óleo
- Alinhamento
- Balanceamento
- Calibragem e desgaste dos pneus
- Sistema elétrico
Manter a revisão em dia é uma forma de preservar sua segurança e a integridade do seu veículo. Por isso, não a dispense!
Mantenha a revisão em dia e previna-se
Aqui, você conheceu mais sobre revisão automotiva: para que serve, quais são os tipos , o que diz a legislação a respeito. Se este artigo foi útil para você, compartilhe-o em suas redes sociais. Quer deixar sua opinião ou dúvidas? Comente abaixo!
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