O Esquadrão Antibomba, do Comando e Operações Especiais (COE), pertencente ao Batalhão de Operações Especiais (BOPE), foi solicitado para atender três casos de ameaças de artefatos explosivos nos dias 15 e 16/08 em Curitiba e São José dos Pinhiais, capital e Região Metropolitana.

Na manhã desta quinta-feira (16/08), uma viatura do 13º Batalhão da Polícia Militar (13º BPM) foi deslocada a um terreno em construção na Rua Eduardo Sprada, esquina com Avenida Juscelino Kubitschek, após uma denúncia de presença de material explosivo.

“Os trabalhadores estavam realizando escavações no local, quando avistaram a granada e ligaram para o 190 [emergência da PM]”, contou o cabo Antônio Carlos Lopes, técnico explosivista policial do Esquadrão Antibomba. Segundo ele, o 13º BPM atendeu em um primeiro momento por ser o procedimento padrão. “Primeiro uma equipe da área atende e faz a verificação, uma vez constatado o fato, o COE é solicitado”, explicou.

Quando chegaram ao local, a equipe do Esquadrão realizou o procedimento padrão para neutralizar o explosivo. “Encontramos uma granada de fragmentação do exército brasileiro ativada, [após a implosão] o material se fragmentou”, comentou o cabo Lopes.

Na manhã desta quarta-feira (15/08), uma equipe foi chamada na Rua Antonio Bianchetti, no bairro Afonso Pena, em São José dos Pinhais. “Um senhor que estava passando em frente a um terreno baldio solicitou a PM após encontrar uma granada”, contou o soldado Milton Júnior dos Santos, um dos policiais do Esquadrão Antibomba que atenderam a ocorrência.

Quando os policiais do COE chegaram ao local, atrás do 6º Grupamento dos Bombeiros (6º GB), constataram a presença do artefato intacto. “O explosivo se tratava de uma granada de mão, do modelo M2, usado pelo exército brasileiro. Ele estava a cerca de 1,5 m da calçada”, comentou o soldado.

“Acreditamos que uma pessoa jogou a granada no terreno no dia anterior, voltou para buscá-la, mas não a encontrou devido ao mato alto que tinha no local. À noite, alguém colocou fogo no matagal e, pela manhã, com o mato baixo, o explosivo apareceu”, explicou Milton Júnior. No lançamento, o material não foi ativado, por isso, não houve explosão. Com procedimento padrão, a granada foi destruída pelos policiais do COE.

Mais tarde, ainda na quinta-feira (15/08), por volta das 15h, o Esquadrão Antibomba foi solicitado novamente, desta vez para atender uma ocorrência no centro de Curitiba, na esquina da Marechal Floriano Peixoto com a XV de Novembro. “Uma moça ligou informando que havia uma mala suspeita na região”, contou o soldado Milton Júnior.

Imediatamente, uma equipe do COE foi enviada ao local e desempenhou seu procedimento padrão. “Quando abrimos a mala, encontramos apenas sacolas de mercado vazias, não havia explosivo algum”, contou o integrante do COE. Segundo ele, a mochila poderia estar no local sem nenhuma intenção ou até para provocar tal ocorrência.

“O que importa é que a equipe agiu de forma eficaz, não houve danos físicos ou materiais, apenas a repercussão”, enalteceu Milton Júnior. Ele ainda comentou do grande valor da denúncia em caso de desconfiança. “É importante que a pessoa que encontrar um objeto suspeito, ligue para o 190 [emergência da PM], passe as informações para que o COE seja deslocado”, afirmou.

Segundo ele, jamais a população deve tocar em tais objetos, devido a sua periculosidade. “O Esquadrão [Antibomba] tem treinamento, técnica, sabe como agir nessas circunstâncias, mas as pessoas não, por isso, ninguém deve mexer”, comentou.

Para o cabo Lopes, os casos dos dois explosivos não devem ser relacionados. “São granadas de modelos diferentes, encontradas em locais e situações distintas, por isso não devem ser associados”, explicou.