O Perfil do Ingressante de 2015 nos cursos de graduação da Universidade Estadual de Londrina (UEL) mostra que 59,9% dos alunos aprovados no vestibular estudaram em escolas públicas. O levantamento foi feito pela Pró-Reitoria de Planejamento (Proplan), com base em informações fornecidas pelos candidatos ao vestibular do ano passado, na ocasião em que fizeram suas inscrições.

O Perfil do Ingressante, que pode ser acessado em www.uel.br/proplan, traz uma estatística das características sócio-culturais, sócio-educacionais e sócio-econômicas dos 2.636 alunos que entraram na UEL este ano.

Analisando o resultado, a diretora de Avaliação Institucional da Proplan, Martha Marcondes, comenta o resultado. “Esse índice elevado, de quase 60%, pode ser reflexo da melhoria do nível de ensino na escola pública ou também podemos pensar que muitos alunos da escola privada têm procurado carreiras que não estão entre os cursos oferecidos pela UEL”, diz a professora. Ela sugere que esta informação seja utilizada de base para o planejamento das atividades pedagógicas por parte dos professores da UEL.

Outro item que interessa à Coordenação dos cursos é que 88% dos ingressantes disseram que vieram para a universidade devido a um “interesse pessoal” pela profissão que escolheram. Também 88% disseram estar em busca de formação acadêmico-profissional para o trabalho. “Isso quer dizer que a capacitação para o trabalho está em primeiro lugar entre as preocupações dos ingressantes”, segundo Martha Marcondes. Aponta na mesma direção o interesse manifestado pela maioria em aprender línguas estrangeiras, principalmente o inglês.

Em dois aspectos, a professora chamou a atenção para a responsabilidade da instituição. Dos novos alunos, 92% têm computador, o que gera a necessidade, para a UEL de manter uma oferta satisfatória de acesso à internet em suas dependências. O levantamento mostra ainda que 70% são dependentes economicamente de seus responsáveis. “Compete à instituição se solidarizar e contribuir, da melhor forma possível, para a sua manutenção enquanto estiverem estudando aqui”, disse Martha Marcondes.