O Ministério da Educação (MEC) divulgou nesta terça-feira, 4, o resultado da segunda chamada para o Programa Universidade para Todos (Prouni). O programa oferece bolsas de estudo parciais (que cobrem 50% da mensalidade) e integrais para cursos de graduação e de formação continuada em universidades particulares.
Os nomes dos selecionados estão disponíveis no site do Prouni (http://prouniportal.mec.gov.br/) e nas instituições de ensino participantes do programa. Os estudantes terão até a próxima terça,11, para comprovar as informações enviadas.
De acordo com o MEC, são ofertadas 167.780 bolsas em 1.061 instituições particulares de ensino superior, com 60.551 bolsas integrais e 107.229 bolsas parciais.
O sistema do programa permite que os candidatos escolham até duas opções de instituição, local de oferta, curso, turno, tipo de bolsa e modalidade de concorrência.
Quem pode concorrer?
Podem participar do processo seletivo estudantes brasileiros que não possuam diploma de curso superior e tenham participado da edição de 2019 do Enem, tendo obtido, no mínimo, 450 pontos na média das notas do exame e nota superior a zero na redação.
Para concorrer às bolsas integrais, o estudante deve comprovar renda familiar bruta mensal, por pessoa, de até 1,5 salário mínimo.
Para as bolsas parciais (50%), a renda familiar bruta mensal deve ser de até 3 salários mínimos por pessoa. O estudante também deve ter cursado o todo o ensino médio na rede pública, ou na rede particular como bolsista integral da própria escola.
Inadimplência no ensino superior
Universidades enfrentaram aumento de 75% na taxa de inadimplência entre abril a maio deste ano, de acordo com pesquisa da Associação Brasileira das Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes) para medir o impacto da pandemia do novo coronavírus no setor da educação.
Para a presidente da Associação Nacional das Universidades Privadas (Anup), Elizabeth Guedes, o Prouni ajuda na melhora da situação econômica das instituições de educação superior. “Com as bolsas, professores e alunos são mantidos em sala de aula, mesmo sem a previsão de normalidade”, afirmou Elizabeth em entrevista à Agência Brasil.
A previsão do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo (Semesp) é que 2020 termine com, pelo menos, 11,3% do total de estudantes devendo ao menos uma parcela de mensalidade. Seria a maior taxa desde que o índice começou a ser monitorado em 2006. Até então, o maior número registrado foi no ano passado, com 9,5%.