Nesta terça-feira, Isaquias Queiroz levou o Prêmio Brasil Olímpico 2021 na categoria masculina, desbancando Italo Ferreira e Hebert Conceição na cerimônia realizada em Aracaju. Após o ouro nos Jogos de Tóquio, o canoísta não esconde que tem planos ousados para as Olimpíadas de Paris, em 2024.
No momento, Isaquias soma quatro medalhas olímpicas (uma de ouro, duas de prata e uma de bronze), mesmo número conquistado por Serginho e Gustavo Borges. Se subir ao pódio mais duas vezes, baterá o recorde brasileiro, que pertence a Robert Scheidt e Torben Grael.
“Depois que você ganha a medalha olímpica, pode dar uma cochiladazinha. Acaba querendo comemorar demais a medalha, esquece que o importante é o treinamento. Mas meu objetivo é chegar à sexta medalha, ser o maior atleta olímpico brasileiro no quadro de medalhas. Isso não vai apagar nunca a história do César Cielo, do Robert Scheidt, do Torben Grael. São grandes exemplos para nós. Hoje, estou empatado com o Serginho. Espero chegar nas Olimpíadas de Paris e ganhar mais duas medalhas”, disse o canoísta.
Isaquias também lamentou o baixo engajamento do Governo da Bahia no desenvolvimento do esporte no território do Estado, mesmo considerando a visibilidade trazida por duas medalhas nas Olimpíadas.
“Cheguei agora na Bahia e não recebi nenhuma carta do Governo do Estado, foi bem triste. Vi a Ana Marcela, que é baiana, recebendo medalha em São Paulo, vários atletas que moram lá também. Fiquei muito triste, porque parece que o resultado não foi tão valorizado. Pela população, sim. A gente foi bastante parabenizado, recebeu carinho”, afirmou Isaquias.
“Eu já tenho minha vida feita, mas quero ver uma atleta que sai jovem da Bahia, como eu fiz quando tinha 15 anos, tendo que passar a vida toda fora do seu Estado. Minha briga é que a equipe da canoa baiana possa ficar na Bahia, onde se sente mais confortável, em casa. Espero que isso possa mudar”, finalizou.