Depois da proposta feita nesta terça-feira (03) pela Prefeitura de Curitiba de quitar as horas extras dos trabalhadores da saúde pública em duas parcelas, em março e abril, a categoria decidiu suspender a greve convocada pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sismuc). O movimento durou dois dias.

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De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde, todos os serviços de saúde permaneceram abertos e em operação durante o período da mobilização, sendo mantidos 100% dos atendimentos de urgência e emergência nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Das 109 unidades básicas de saúde, 92 continuaram em pleno funcionamento nesta terça-feira, segundo a Secretaria, e naquelas unidades em que houve adesão ao movimento, também foi mantida a assistência, especialmente dos casos agudos.

Durante a manhã desta terça, os trabalhadores fizeram nova manifestação em frente à Prefeitura de Curitiba e exigiram que o Prefeito Gustavo Fruet recebesse pessoalmente representantes do Sismuc. A categoria, no entanto, foi recebida pelo secretário de Saúde Adriano Massuda e pelo secretário de governo Ricardo McDonald.

Além do compromisso em alterar itens do decreto 1385, principal exigência dos manifestantes, a proposta apresentada pela Prefeitura incluiu quitar as horas extras pendentes em duas parcelas e os novos pisos salariais e fazer vigorar já em março a incorporação de gratificações no vencimento-base dos servidores, conforme já havia sido apresentado, com pagamento retroativo desde janeiro. Segundo a Secretaria de Saúde, as demais reivindicações serão discutidas em mesas próprias.

Diante das novas propostas, a coordenadora do Sismuc Irene Rodrigues avalia que a greve foi suspensa com avanços. “Com os trabalhadores na rua, mudamos para março o pagamento das horas extras e sem parcelamento em seis vezes. A prefeitura achou que não ia dar, mas deu. Somos uma equipe vitoriosa, que não engoliu desaforo”, comemorou.