Ponte de ferro entre a Lapa e Campo do Tenente não tem data para ser reaberta

Publicado em 5 jul 2021, às 15h55. Atualizado em: 9 maio 2022 às 14h16.

A ponte de ferro que liga as cidades Lapa e Campo do Tenente, no sul do Paraná, interditada na última sexta-feira (2) segue fechada e sem data para reabertura, de acordo com o Departamento de Estradas de Rodagem (DER). 

A ponte foi fechada durante uma fiscalização de rotina, quando técnicos encontraram várias fissuras e trincas na pista de rolamento. Segundo nota do órgão, um engenheiro civil esteve no local nesta segunda-feira (5) e constatou que o excesso de peso ao longo dos anos danificou a estrutura e compromete a segurança dos motoristas.

Conforme o DER, para que o trânsito seja liberado no local é preciso que um especialista faça uma avaliação dos estragos. A intenção é que nos próximos dias, a depender de nova avaliação, a ponte seja reforçada com chapas de aço para que, pelo menos, veículos leves possam transitar sobre a estrutura.

Veja os estragos na estrutura da ponte:

Problemas

Para quem mora na região, a falta da ponte gera diversos problemas sociais e econômicos. O mais urgente deles, aparentemente, vem da área da saúde. O município de Campo do Tenente tem 50 gestantes sendo acompanhadas pelo sistema municipal de saúde. A preocupação da secretária de saúde da cidade, Solange Azzolini Costabile, é a de que alguma delas entre em trabalho de parto. A cidade não possui hospital e nem maternidade e depende das instituições nas cidades vizinhas. Têm apenas Unidades Básicas de Saúde (UBS).

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Solange explica que gestantes de alto risco têm como referência o Hospital Nossa Senhora do Rocio, em Campo Largo. Estas precisam, de qualquer forma, seguir de carro pela BR-116 e, se necessário, já são levadas com antecedência para internação. Já as gestantes que não são de alto risco têm como referência o Hospital São Sebastião, na Lapa. E é para elas que mora o perigo.

Pela ponte de ferro, as gestantes percorrem apenas 35 quilômetros para chegar ao hospital e terem o parto de forma segura. Mas se precisarem seguir por outras estradas, as distâncias podem chegar a mais de 100 quilômetros. Uma das opções mais “curtas”, pela Estrada da Fazendinha, é uma estrada de chão, o que não é nada indicado para uma gestante em trabalho de parto. Até o início da noite desta sexta-feira (02), Solange estava em tratativas com a Regional Estadual de Saúde, para ver o que pode ser feito caso alguma gestante que não é de alto risco entre em trabalho de parto da cidade.