Foto: Emerson Guidolin/RICTV Record Curitiba

“A Polícia Federal agiu com o máximo cuidado possível que as circunstâncias exigiam”, afirmou o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima

A equipe da Operação Lava Jato justificou a ida dos policiais federais ao Hospital Albert Einstein, na zona sul de São Paulo, onde a esposa do ex-ministro Guido Mantega era submetida a um procedimento cirúrgico, como “uma triste coincidência”. “A Polícia Federal agiu com o máximo cuidado possível que as circunstâncias exigiam”, afirmou o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, em coletiva de imprensa realizada em Curitiba.

Leia também:

Sérgio Moro revoga prisão de ex-ministro Guido Mantega

O delegado Igor Romário de Paula explicou que não sabia da cirurgia. “A cirurgia não era de conhecimento nosso, estava agendada pela família. Nosso acompanhamento é para saber o momento de cumprimento das medidas onde os alvos estão”, disse.

José Roberto Batochio, advogado de Mantega, disse que a esposa do ex-ministro, mesmo prestes a ser operada em um centro cirúrgico, teria percebido a movimentação do marido, que estava falando no telefone por várias vezes e teve que sair do hospital de forma súbita. A esposa de Mantega enfrenta um câncer. Petistas e integrantes de partidos aliados ao governo da ex-presidente Dilma Rousseff criticaram a forma como a prisão foi feita.

O delegado considerou um “procedimento natural” o deslocamento dos policiais até o hospital quando descobriram que Mantega não estava em seu apartamento. Segundo de Paula, chamou a atenção dos agentes o fato de Mantega ter saído uma hora ou uma hora e meia antes da chegada dos policiais na residência, que fica na zona oeste da capital paulista.