O banco de ossos clandestino funcionava desde 2004 em uma casa no Jardim Cláudia, na zona sul de Londrina. No local, integrantes do Nucrisa (Núcleo de Repressão ao Crimes contra a Saúde) encontraram pedaços de fêmures e fragmentos de quadris. Ainda não se sabe como os ossos eram conseguidos.

Os irmãos Kléber Barroso Cavalca, 42 anos, e Carlo Keith Barroso Cavalca, 37 anos foram presos. Eles são acusados de enviar os ossos, por Correio, para diversas regiões do país.

Entre o material encontrado na casa do Jardim Cláudia e no apartamento de Kléber, foram recolhidos 16 cabeças de fêmur in natura, 89 frascos com pedaços de osso em bloco, 46 frascos com pedaços particulados (osso moído em liquidificador com soro fisiológico), outras sete embalagens com ossos particulados e uma embalagem com fragmentos de ossos do quadril.

A delegada-titular do Nucrisa, Samia Coser, explicou que não se sabe como o material foi retirado do doador, nem como foi feito o transporte ou armazenamento. “Encontramos cabeças de fêmur armazenadas num freezer. Para o armazenamento correto, o local deve ter no mínimo dois equipamentos para resfriamento, um com temperaturas que atinjam até menos 20 graus Celsius e outro que vá até menos 80 graus”, contou a delegada. Ela informou que os pequenos frascos com ossos eram vendidos por R$ 180 e R$ 250.

Segundo o Nucrisa, os ossos estavam armazenados de forma irregular e sua utilização representa grande risco à saúde humana.