PM proíbe uso de farda a soldado gay em noivado na Parada LGBT
O soldado Leandro Prior pediu ao seu comando permissão para utilizar sua farda no próximo domingo (23), durante a 23º Parada LGBT, que ocorre na capital, quando pretende pedir o namorado em casamento. A solicitação foi negada pela Polícia Militar de São Paulo.
No documento, o soldado justifica que a escolha da data se deu pelo evento comemorar o tema “50 anos de Stonewall” que, segundo ele, “foi uma série de manifestações violentas da comunidade LGBT, contra invasão e tortura por parte da Polícia de Nova York”.
No pedido, Leandro cita o caso que viveu em junho de 2018, quando sofreu ameças por beijar um homem dentro do metrô enquanto estava fardado. Na nota ele diz que “viu como relevante a importância social e excelente oportunidade a instituição para ela evidenciar e acenar a sociedade paulista e brasileira que não compactua com a homofobia.”
Nota da Polícia
Por meio de nota, a Polícia Militar afirmou que “é uma instituição legalista, que tem como um de seus alicerces a dignidade da pessoa humana e não faz distinção de pessoa por sua orientação sexual ou identidade de gênero, incluindo os mais de 80 mil policiais militares de São Paulo.”
“O uso da farda na Polícia Militar é regulamentado por normas internas da instituição, as quais não preveem o uso do fardamento por policial militar em folga durante manifestações. Por este motivo, o pedido do soldado foi indeferido. Da mesma forma, há 5 anos, foi indeferido o pedido do grupo “PMs de Cristo”, que queria utilizar o uniforme durante a Marcha para Jesus.”