Por Marta Nogueira
RIO DE JANEIRO (Reuters) – A petroleira brasileira PetroReconcavo assinou contrato para o fornecimento de gás natural para a Companhia Potiguar de Gás (Potigás), responsável pela distribuição do insumo no Rio Grande do Norte, para entrega de 236 mil m³/dia, a partir de janeiro de 2022, informou a empresa em nota à imprensa nesta quarta-feira.
O gás fornecido à Potigás virá das 32 concessões operadas no Rio Grande do Norte pela Potiguar E&P, subsidiária da PetroReconcavo, desde 2019, quando a companhia concluiu a compra do primeiro Polo do desinvestimento de campos “onshore” (em terra) da Petrobras.
De acordo com divulgação no site da Potigás, o contrato de dois anos representará uma redução de 35% no valor da molécula, sendo toda a economia gerada pela nova contratação repassada integralmente ao consumidor final.
“O gás produzido pela PetroReconcavo em campos maduros ‘onshore’ tende a ter o menor custo de produção e tratamento, com a molécula chegando de forma muito competitiva nas redes de transporte e distribuição”, disse a PetroReconcavo, no comunicado.
Também no comunicado, o CEO da PetroReconcavo, Marcelo Magalhães, pontuou que a redução dos preços ao consumidor final poderá contribuir com um aumento da demanda.
O início do fornecimento está vinculado à conclusão de negociações em andamento com a Petrobras para o acesso às infraestruturas de escoamento e processamento da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) Guamaré.
Magalhães disse ainda que a companhia tem o objetivo de tornar-se o principal fornecedor de gás natural para toda a região Nordeste, sempre com disciplina financeira para o avanço de seu plano de expansão.
“Estamos entusiasmados com a oportunidade que o mercado de gás nos proporciona, através de uma competição saudável entre os players do setor para adquirir, desenvolver e incrementar a produção desses ativos, gerando oportunidades de trabalho e aumento de arrecadação”, disse.
A empresa disse ainda que o “Novo Mercado de Gás Natural”, programa do governo que visa a abertura do setor, com uma redução da atuação da Petrobras, encontra-se em um ritmo de expansão.
Segundo a empresa, com o plano de desinvestimento da petroleira estatal, e os recentes avanços nas legislações estaduais no que diz respeito à criação do mercado livre, “será possível um ambiente mais plural para a produção da comercialização deste insumo”.
(Por Marta Nogueira)