Coronavírus no Brasil: 8 em cada 10 pessoas adotaram hábitos de higiene
Você tem seguido as medidas de higiene para evitar a contaminação pelo novo coronavírus? Pois então, a primeira edição da pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas revelou que as recomendações têm sido seguidas por, pelo menos, 82,7% da população. Isso significa que oito em cada dez brasileiros entrevistados, por telefone, disseram que lavam as mãos regularmente com água e sabão ou usam álcool gel.
A pesquisa, que foi feita pelo Ministério da Saúde, mostrou ainda que o maior percentual das pessoas que seguem as recomendações está com as mulheres (87,3%). No caso dos homens entrevistados, 77,7% disse que mudou hábitos para fortalecer a prevenção do combate ao coronavírus.
Já para as práticas complementares de higiene, que vão desde o não compartilhamento de objetos de uso pessoal a trocar de roupas e sapatos ao chegar em casa, o número cai um pouco. De todos os entrevistados, 66,3% da população disse seguir as medidas ao pé da letra.
Foto: Ilustrativa.
No que se refere ao isolamento social, 90,9% dos entrevistados informaram ter aderido a alguma das ações indicadas em seus municípios, como sair de casa apenas o necessário, evitar aglomerações de pessoas ou lugares muito cheios e o contato próximo com outras pessoas, como cumprimentos ou abraços. Nas regiões Sul, Sudeste e Centro–Oeste a aderência foi maior, com 92,7%, enquanto as regiões Norte e Nordeste alcançaram o patamar de 87,5%.
A pesquisa também buscou conhecer como a população tem acessado informações sobre a covid-19. O maior percentual foi o da televisão (94,2%), seguido de Internet e redes sociais (93,9%), rádio (62,3%), jornais ou revistas impressas (51,8%) e canais oficiais do Ministério da Saúde (44,3%). A população mais jovem (18 a 34 anos) procurou mais os canais oficiais do Ministério da Saúde (52%) em relação àqueles com 50 anos e mais (34,8%).
Metodologia e segurança da pesquisa do MS
A pesquisa Vigitel COVID-19 foi realizada em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), entre os dias 1º e 10 de abril de 2020, e entrevistou 2 mil pessoas em todo o país com 18 anos ou mais. O monitoramento sistemático dos riscos em saúde pública auxilia os gestores na adoção de medidas, de modo a reduzir o número de pessoas afetadas, além de abrandar as consequências sociais e econômicas negativas.
Os números de telefone contatados foram obtidos por meio de discagem aleatória de dígitos (RDD), seguida por validação dos números sorteados. Um segundo ciclo de avaliação está previsto para ocorrer no período de 25 de abril a 4 de maio. A ideia é ver a evolução do comportamento das pessoas em relação ao vírus, inclusive na questão da prevenção.
