Bumlai foi diagnosticado com câncer na bexiga e, desde então, cumpre prisão domiciliar. Ele é acusado de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e por crimes financeiros
A defesa do pecuarista José Carlos Bumlai garantiu que o cliente deve se apresentar à Polícia Federal (PF), em Curitiba, na terça-feira (6). O pedido para que Bumlai continuasse a cumprir prisão domiciliar foi negado pelo ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), no dia 1º de setembro.
O pecuarista, que foi diagnosticado com câncer na bexiga, estava internado em um hospital de São Paulo desde o dia 17 de agosto e deveria retornar para a prisão na terça-feira (30), porém ainda havia recebido alta.
No habeas corpus impetrado, os advogados de Bumlai pediam para que ele continuasse a cumprir prisão domiciliar em razão do “estado indiscutivelmente debilitado do paciente”.
Bumlai tem 71 anos e é amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele é acusado de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e por crimes financeiros no emblemático empréstimo de R$ 12 milhões da Schahin para o PT em 2004. O pecuarista foi preso preventivamente, por ordem do juiz Sérgio Moro, em novembro de 2015, durante a Operação Passe Livre, desdobramento da Lava Jato.
Em março deste ano, Moro concedeu o pedido de prisão domicial feito pela pedido da defesa de Bumlai, contrariando a manifestação do Ministério Público Federal (MPF). Durante o tratamento, o pecuarista passou por uma cirurgia cardíaca e teve a prisão domiciliar ampliada até 19 de agosto.
A defesa de Bumlai pediu nova ampliação do prazo e a Procuradoria da República se manifestou de maneira contrária. Desta vez, porém, Moro negou a prorrogação da prisão domiciliar do pecuarista e ordenou que Bumlai se apresentasse à Polícia Federal.