Paranaenses formam rede solidária na produção de máscaras-escudo para profissionais da saúde que atuam com coronavírus
A máscara-escudo (face shield) impressa em 3D, símbolo do combate ao novo coronavírus, é importantíssima para os profissionais da saúde, pois blinda dos perigos da contaminação. Por isso, o Paraná se uniu para integrar uma iniciativa solidária de curitibanos, para fazer e distribuir esse equipamento de proteção aos hospitais públicos, privados e unidades saúde.
Em Curitiba, a prefeitura está usando 21 impressoras 3D dos Faróis do Saber e Inovação para imprimir máscaras para atender a demanda dos profissionais de saúde no enfrentamento da pandemia de coronavírus. A expectativa é produzir 220 máscaras por dia.
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Em Cascavel, acadêmicos da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) passaram a integrar um coletivo para a produção de equipamentos de proteção individual para profissionais da saúde. As impressões 3D contam com a parceria do Parque Tecnológico de Itaipu.
Em Pato Branco, professores do campus da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), duas startups (Tesserato e a Compre3d), a prefeitura e a Federação das Indústrias do Paraná estão contribuindo com a impressão de máscaras faciais para os hospitais da cidade.
A Universidade Federal do Paraná (UFPR) também está produzindo máscaras por meio da impressão 3D. O trabalho é realizado por integrantes de um projeto de extensão do curso de engenharia mecânica.
Padrão internacional
A máscara-escudo nasceu na República Tcheca, no bojo do combate global ao covid-19 e da alta demanda por equipamentos hospitalares, e em pouco tempo chegou ao Brasil. Em Curitiba, a ideia começou a sair da máquina no sábado passado, dia 21 de março, quando três empresários que têm impressoras 3D decidiram montar um pequeno grupo em uma rede social com intuito de fabricar esses protetores faciais a partir do código livre disponibilizado pela empresa do leste europeu.
Neste sábado (28), exatamente uma semana depois, a rede recém-nomeada de Atitude 3D já integra pelo menos 150 pessoas, 25 produtores ativos, uma cadeia de fornecedores e os servidores públicos estaduais. Foram mais de R$ 10 mil arrecadados, 2,2 mil entregas em apenas sete dias. Já são 10,3 mil novos pedidos na fila depois que os hospitais se conectaram na iniciativa.
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A máscara-escudo é considerada como Equipamento de Proteção Individual (EPI) e segue o modelo padrão internacional. Ela é formada por três peças: a placa de acetato, transparente, que é a viseira; uma “tiara” com pontos que serve de sustentação (a única confeccionada na impressora 3D efetivamente); e um elástico que ajuda a fixar o equipamento no profissional. O objetivo principal é proteger a região dos olhos.
Como funciona para participar?
A partir da rede de contatos, os idealizadores adotaram duas estratégias: de um lado, começaram uma campanha online por doações financeiras para compra dos insumos; de outro, montaram uma cadeia de produção, controle e distribuição, nos moldes de uma empresa de médio porte.
Conforme a rede crescia ao longo da semana, hospitais públicos e privados entraram em contato e os voluntários que iam se avolumando passaram a filtrar o que era realmente verdadeiro nesses pedidos e a centralizar os contatos. A única regra é a gratuidade da entrega.
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A logística segue uma ordem lógica para atender todos os interessados. Segundo os organizadores, 1 quilo do material necessário para produzir a tiara equivale a 25 peças (o rolo custa cerca de R$ 100, enquanto as unidades têm preço médio de R$ 5).
O produtor conectado a essa rede ganha um rolo e assim que termina a produção e entrega as peças, recebe mais insumos. As peças são levadas para um galpão no bairro Santa Felicidade, onde outros voluntários fazem a montagem com agregando as outras duas peças.
Se quiser ajudar, veja também as redes sociais do Atitude 3D, o projeto solidário. Ao fim, formou-se uma grande rede de apoio, para que os profissionais de saúde continuem em segurança. Fique em casa, se puder.