Documento aponta ainda que Lula e Marisa orientaram instalação de cozinha gourmet no Sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP)
Um laudo da Polícia Federal (PF), anexado aos autos da Operação Lava Jato nesta quinta-feira (28), mostra a nota fiscal de uma vidraçaria em que consta como endereço de entrega da mercadoria o Sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP). O documento foi apreendido na casa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em março deste ano.
Na nota, consta a compra de vidros, porta e box para quatro suítes, galpão e portaria no valor de R$ 5 mil que deveriam ser entregues na Estrada do Clube Montanha.
O Sítio Santa Bárbara é o ponto central da investigação da PF contra Luiz Inácio Lula da Silva. Os investigadores suspeitam que o ex-presidente seja o real dono do sítio e que tenha ocultado o patrimônio. A defesa de Lula, no entanto, nega a informação.
O documento da PF, subscrito pelos peritos criminais federais João José de Castro B. Vallim e Ior Canesso Juraszek, contesta a versão da defesa de Lula, que alega apenas ter usufruído do sítio.
Cozinha Gourmet
O laudo aponta ainda que instalação da cozinha gourmet no sítio de Atibaia, em 2014, custou R$ 252 mil. As obras foram orientadas pelo ex-presidente Lula e sua esposa Marisa Letícia. A execução do trabalho, conforme o documento, foi acompanhada pelo arquiteto da empreiteira OAS, Paulo Gordilho.
No capítulo ‘conclusões’, o laudo mostra que, em agosto de 2010, mediante contrato particular de compra e venda, o sítio Santa Bárbara foi vendido a Fernando Bittar e Jonas Leite Suassuna Filho para uso da família de Lula.
Fernando é filho do sindicalista Jacob Bittar, amigo do ex-presidente. O outro comprador do sítio, Jonas Suassuna, é amigo do filho mais velho de Lula. O documento informa ainda que Fernando Bittar não teria rendimentos suficientes para bancar os custos da compra e reforma do sítio, no total de R$ 1,7 milhão.