Presidente interino esteve no interior do Estado para a inauguração de uma fábrica de papel e celulose da Klabin
Na segunda viagem oficial no cargo, o presidente interino Michel Temer (PMDB) disse nesta terça-feira (28), em Ortigueiras, no interior do Paraná, que tem agido como efetivo porque “o Brasil não pode parar”. “Muita gente me pergunta: ‘Mas você é interino, vai esperar?’ Não espero, não é a figura do presidente que vale, mas sim a instituição da Presidência da República, por isso, ao longo do tempo, tenho agido como presidente efetivo.”
“O Brasil não pode parar, por isso, eu também não posso parar”, disse, após a solenidade de inauguração de uma fábrica de celulose da Klabin. Maior investimento privado da história do Paraná, o empreendimento recebeu aporte de R$ 8,5 bilhões – R$ 3,7 são recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Os jornalistas questionaram Temer sobre a decisão do governo federal de devolver R$ 100 bilhões do BNDES ao Tesouro Nacional. Ele disse que o retorno será feito “pouco a pouco”. “Ainda sobram R$ 400 bilhões do BNDES. O segundo ponto é que esses R$ 100 bilhões vão sendo retirados pouco a pouco”, afirmou. Ainda de acordo com Temer, a presidente do BNDES, Maria Sílvia, não se opõe à ideia.
O presidente em exercício também exaltou o encontro que teve com os governadores dos Estados, no qual foi selado um acordo que aliviou as dívidas estaduais. Durante o evento, o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), fez um discurso com críticas à presidente afastada, Dilma Rousseff. Após lembrar que já esteve duas vezes no Palácio do Planalto durante a administração interina de Temer, Beto Richa afirmou que o governo do Paraná recebeu “tratamento discriminatório e desrespeitoso” por parte da gestão anterior.