MUNDO DO ACHISMO
MINUTO DO RIVA: ACHISMO E OPINIÃO SÃO DERIVADOS UM DO OUTRO, PORÉM, É PRECISO ENCONTRAR ALGO FÁTICO AO SAIR FALANDO POR AÍ.
“Eu acho que…” “Na minha opinião…” Se ponderamos e analisarmos, as duas afirmações têm o mesmo princípio – o achismo e a opinião. Ambos são julgamentos de valores, pessoas e situações de acordo com a subjetividade de quem fala e, na era da minha opinião vale mais que a sua, das redes que deram voz a todos (essa é a parte boa – democratização da informação), opiniões infundadas tomam muito espaço, mobilizam, persuadem, dissuadem e se tornam fundamentos de vida aos “opinadores de qualquer coisa”.
Um exemplo prático: ” a Terra é plana”. Essa é a afirmação do terraplanista. Está correta? Por óbvio que não. Já foi provado, comprovado, testado e atestado que o planeta é geóide, em formato peroidal ( já que os polos são achatados). Por mais que a opinião seja livre, é falsa, mentirosa, enganosa e um absurdo total. Mas há que acredite e leve em consideração, eis aí o perigo!
O porquê falo isso, agora? Para falarmos da vacinação.
Aos fatos: chegamos a dados categóricos sobre as vacinas. A chance de morrer para não vacinados, segundo dados divulgados pela BBC, são 97x maiores que os completamente imunizados ( hoje, 3 ou 4 doses); no Paraná, há 0.29 mortes para cada 100 vacinados; entre que não usou aplicação, esse número se arredonda em até 7/100; em média, no Brasil, 70% das mortes e internações são de não vacinados, portanto, é um fato concreto que o imunizante traz resultados positivos. Matemática – ela é taxativa e não abre espaço para questionamentos com base no “achar”.
A vacina não é experimental. O método mais novo, do RNA mensageiro, vem sendo pesquisado há mais de 40 anos e, no futuro, pode ser a cura para variados tipos de câncer.
É um direito de cada um receber ou não a aplicação, porém, deflagrar falsidades de que a campanha não funciona me soa até criminoso – emitir opinião exige reponsabilidade, base em fatos e dados.
Os cientistas nos avisaram que era um período de emergência, que o fármaco diminuiria a chance de mortes e internações – bingo, isso vem acontecendo! Em nosso país, há denúncias de efeitos colaterais dos remédios, porém, até agora, nenhuma morte comprovada. A chance de ter efeitos colaterais pela vacina é 16 menor que pegando a doença. Novos estudos sugerem imunidade induzida de 4 meses e a natural, por contrair a doença, de até 180 dias, todavia, imunizados, enfim tornamos a doença uma gripezinha, sem as doses corremos um sério risco de agravamento e óbito.
Não é momento de pagar para ver.
Ou nos vacinamos, inclusive crianças, ou ficaremos nessa por muito tempo.
Dados e fatos.
O achismo, o radicalismo, a politização e a ignorância não podem vencer.
Opinião, em assuntos socialmente relevantes, tem que carregar a reboque dela comprovações, evidencias e concretudes, de resto, é apenas “terraplanismo” de ocasião.
Temos que pensar bem antes de opinar, afinal, já passamos de 645 mil mortos e 28 milhões de infectados – existem os que opinam ou acham que a doença sequer existe.
Vacine-se, leve seus filhos e familiares para a picadinha da vida também.
Liberdade e responsabilidade, sem essa mistura, não evoluímos em caráter, ética e moral.
Contudo, sempre lutarei pelo convencimento, nunca pela proibição – salvo engano, se houver crime na fala e na atitude, ou, daqui a pouco, normalizaremos novos períodos de holocausto, escravidão, holodomor.
Era isso!
Sorte e paz!
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