Na última semana, o Ministério Público do Paraná (MP-PR), propôs ação pública contra seis agentes penitenciários da Casa de Custódia de Maringá (CCM). Eles são acusados de torturar um preso até a morte em fevereiro deste ano. A promotoria pede o afastamento e a condenação deles por improbidade administrativa.

O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) já havia denunciado o grupo no início do mês passado pelo crime de tortura qualificada.

O caso

Marcos de Souza Melo, a suposta vítima, foi preso em Ourizona após confessar o assassinato e estupro da mãe adotiva, de 78 anos. Depois, foi transferido para uma cela solitária da CCM, aonde chegou – segundo as investigações do Gaeco – sem ferimentos.

Dias depois da transferência, porém, Melo apresentava várias lesões pelo corpo que, de acordo com a equipe responsável pela vigilância (os seis agentes), teriam sido causados por ele próprio, ao se debater na cela e até saltar da cama. O Gaeco, porém, acredita que os agentes “submeteram a vítima a intenso sofrimento físico e moral, como forma de aplicar-lhe castigo pessoal.”

Outra equipe medicou a vítima, mas ela não resistiu.