São Paulo, 4 – A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse nesta quarta-feira, 4, que um dos grandes desafios da pasta para 2020 é melhorar o acesso à tecnologia e assistência técnica para os pequenos agricultores. “Nós temos que tirar o pequeno agricultor do patamar de baixa tecnologia, de baixa renda”, disse ela na abertura do Agrocenário 2020, evento promovido pela Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja) em Brasília. “Os pequenos agricultores precisam entrar no sistema produtivo como a grande agricultura comercial faz. Vamos fazer isso através da ciência, da tecnologia, da pesquisa da nossa Embrapa, levando a eles tudo o que o produtor empresarial foi buscar nessa tecnologia.”
Conforme nota da pasta, em entrevista após o evento, a ministra afirmou que a expectativa para 2020 é de que a safra de grãos supere a dos anos anteriores e que o Brasil continue na liderança da produção agrícola mundial. “Nós temos aí uma previsão de uma grande safra para o ano que vem. Agora as chuvas se regularizaram e a gente espera que continue bem e que nós vamos bater outro recorde.”
Carne para os EUA
Questionada sobre a possibilidade de reabertura das exportações brasileiras de carne bovina in natura para os Estados Unidos, a ministra ressaltou que as negociações técnicas levam tempo, mas que o Brasil está buscando prospectar outros mercados tão importantes quanto o norte-americano. “Todos os mercados são prioritários para o Brasil, pelo tamanho, pelo gigantismo da nossa pecuária, nós temos o maior rebanho bovino do mundo (….) Temos aí muita proteína para mostrar para o mundo”, disse a ministra.
Tereza Cristina acrescentou que o mercado global de carne passa por um período de transição em razão da alta demanda da China por proteína animal, já que o país teve perdas significativas de animais por causa da peste suína africana. “Estamos vivendo um momento de transição muito bom, é bom que os pecuaristas possam investir mais no seu negócio, melhorar o desfrute do nosso rebanho, produzir uma quantidade maior de proteínas, porque o mundo está ansioso por essa proteína, não só do Brasil, mas o mundo todo, pelo problema que vive hoje o mercado chinês, que é um grande mercado, e tem mudado o cenário internacional das proteínas”.