Ainda conforme informações do Ministério Público, além de andar armado, o médico foi denunciado por ameaças, coações e assédio moral.
Agora, o médico deve aguardar um laudo médico que ateste suas condições para retomar ao ofício, já que, segundo o MP, foram apresentados indícios de que o profissional tinha dificuldades em exercer o trabalho, tanto por problemas físicos quanto por aplicar procedimentos não recomendáveis na medicina atual.
Cinco acidentes de trabalho
O profissional, que atua no ramo de obstetrícia, apresentou entre abril de 2017 e janeiro de 2018 envolvimento com cinco acidentes de trabalho.
De acordo com o MP, o profissional teria ocasionado ferimentos em funcionários que lhe prestavam apoio em procedimentos cirúrgicos.
Depoimento de uma vítima
Segundo uma funcionária, o médico a queimou com um eletrocautério. Além disso, outro auxiliar alegou ter sido ferido com um bisturi contaminado durante a instrumentação de um parto.
“Em todos os procedimentos [o médico] apresentava tremores nas mãos, derrubando pinças no chão devido a ausência de força motora. Quase todas as técnicas, enfermeiras e outros médicos percebem essa debilidade física”, atestou uma funcionária do hospital.
Médico tentou derrubar liminar
Ainda nesta semana, o médico tentou derrubar a liminar que suspendeu suas atividades. Como argumento, ele alegou que o inquérito elaborado foi falho.
De acordo com ele, as denúncias são baseadas em palpites de leigos sobre procedimentos de competência exclusiva de médicos.
Por fim, o obstetra declarou que é reconhecido por colegas e pela sociedade, e que atua atua há décadas na área, com mais de 20 mil partos realizados.
Pedido negado