Homem que matou a ex-mulher queria, na verdade, matar o enteado

Jailson Antonio de Almeida Macedo, de 32 anos, que matou a ex-mulher queria na verdade matar o enteado de 4 anos em Tunas do Paraná, na Região Metropolitana de Curitiba, conforme a sobrevivente Taciene Santos. Ele também feriu com disparos de arma de fogo a sogra Altaira Aparecida e a cunhada. (Assista vídeo abaixo)

“Eu não tenho dúvidas que ele queria matar o meu sobrinho pra fazer ela sofrer. Ele foi lá pra isso. Ele achava que o melhor jeito de punir ela, de fazer ela sofrer, seria tirar o filho dela”, revelou Taciene durante entrevista exclusiva à RICTV Curitiba | Record PR. 

Taciele Carine Santos, de 28 anos, morreu antes da chegada de socorro, já sua irmã Taciene e sua mãe Altaira Aparecida foram encaminhadas ao hospital e conseguiram sobreviver. 

O criminoso matou a ex e mirou na cabeça do enteado 

Taciane contou em detalhes como tudo aconteceu na noite do assassinato de Taciele quando ela, a irmã e a mãe foram surpreendidas por Jailson armado. “Ele subiu a rua patinando, minha mãe viu que era ele e em fração de segundos, ele entrou pra dentro da casa, encostou na porta pra gente não sair. Minha mãe imediatamente já foi indo em cima dele e falando ‘o cara, aqui em casa não, na minha casa não. Nisso minha mãe tentou puxar a porta e ele já sacou a arma, minha mãe diz ele já estava com a arma em punho, eu nem vi porque eu tava prestando atenção nele. E ele atirou na minha mãe, minha irmã veio correndo com o braços abertos falando pra ele ‘para com isso Nego, pelo amor de Deus. Vai embora, chega, para’ e ele atirou nela. Do jeito que ele atirou nela, ela só deus dois passos para trás e caiu”. 

Com o barulho dos tiros, o sobrinho de Taciane correu para sala e ficou na mira da arma do ex-marido de sua mãe “Eu fui em cima dele [Jailson], só que meu sobrinho caiu em cima da minha irmã e começou a chorar e falar que o tio tinha matado a mãe e que a mãe não ia acordar mais, que ele não ia ter mais mãe. E eu fiquei olhando aquela cena ali e distraí dele, quando eu olhei pra ele de volta, ele tava com a arma mirada na cabeço do meu sobrinho”, lembrou emocionada.  

Enteado do atirador é levado da sala e cunhada é ferida com tiro 

Enquanto lutava com o cunhado e tentava salvar a vida do sobrinho, a bisavó de Taciane, que também vive na casa, conseguiu tirar a criança do local e escondê-la em um quarto. Em contrapartida, ela também acabou ferida pela assassino da irmã. “Eu empurrei ele com o braço e segurei no pescoço dele, ele atirou só que o tiro passou raspando por cima do meu braço e deu no vidro. Estourou o vidro, minha vó veio correndo, pegou meu sobrinho e sumiu com ele dali. Nesse momento, ele atirou em mim, saiu de perto da porta e foi procurar meu sobrinho, ele chegou a entrar no corredorzinho olhando pros lados pra achar meu sobrinho, como ele não achou, ele atirou mais uma vez na minha mãe e passou raspando no rosto dela”. 

Taciane também lembra que tanto ela como a mãe, mesmo feridas, precisaram lutar para que Jailson não matasse o enteado. “Quando ele foi saindo, eu tava na porta, aí nós entramos em luta corporal porque ele tava ali de qualquer jeito querendo achar meu sobrinho, onde que tava. Aí, a gente começou empurrar ele ali, minha mãe veio, levantou mesmo ferida, e nós fomos empurrando ele até chegar na altura do portão”, disse sobre os momentos em que elas lutavam pela vida. 

Assista à reportagem completa:

O repórter William Bittar conta todos os detalhes sobre o caso do homem que matou a ex-mulher e queria matar o enteado. 

Entenda como a jovem foi morta pelo ex-marido  

O crime aconteceu na casa da mãe de Taciele, na noite de 27 de julho, quando Jailson foi até o local para conversar sobre a separação com a qual ele não concordava. Ele e Taciele haviam deixado de viver juntos há cerca de 10 dias depois de um relacionamento de três anos. Após o fim da reunião, Jailson então teria saído do local para voltar armado, poucos minutos depois, e atirar contra a ex-mulher, a sogra e a cunhada. Ele fugiu e se apresentou na delegacia de Bocaiuva do Sul, também na região metropolitana da capital, quatro dias depois do crime.