Uma mãe identificada como Lisa Snyder foi presa como principal suspeita de assassinar os dois filhos enforcados em Albany Township, na Pensilvânia, nos Estados Unidos (EUA).
De acordo com a polícia local, a mulher também teria adulterado evidências do crime, e é suspeita de manter relações sexuais com animais constantemente.
Polícia suspeita que mãe matou filhos enforcados, mas mulher alega que as crianças tiraram a própria vida
Conforme o relato da polícia, no dia 23 de setembro Lisa ligou para a emergência para reportar que tinha encontrado o filho Conner Snyder, de oito anos, e a filha Brinley Snyder, de quatro, enforcados no porão.
No local, uma ambulância encaminhou as duas crianças ao hospital, onde foram declaradas como mortas três dias depois.
Para a polícia, Lisa disse que o filho sofria bullying severo na escola, e que falava muito sobre o desejo de se matar, alegando que “tinha medo de fazer isso sozinho”. De acordo com a justificava da mãe, esse teria sido o motivo do garoto levar sua irmã junto.
Apesar da versão da mulher, as autoridades afirmaram que não existiam evidências que levassem o caso a ser tratado como suicídio, além do fato do menino ter uma desabilidade física que tornaria ainda mais difícil para ele se enforcar sozinho.
Testemunha conta que mãe era depressiva
De acordo com uma testemunha, Lisa Snyder havia dito que estava depressiva e não se importava mais com seus filhos, o que levantou ainda mais suspeitas das autoridades.
Em uma coletiva de imprensa, o delegado responsável pelo caso disse que ainda não é possível dizer se existe uma explicação para o comportamento de Lisa.
“Eu não acredito que eu possa falar aqui alguma explicação para essa terrível perda de duas crianças inocentes”.
Na investigação, policiais descobriram que a mulher encomendou uma coleira de cachorro de metal no Walmart um dia antes do crime, e buscou o objeto na loja na manhã que as crianças foram encontradas mortas.
Além disso, imagens de câmeras de segurança do bairro mostram o momento que o menino chega da escola e corre em direção a sua casa. “O vídeo não possui nenhum sinal de que Conner estava passando por algum tipo de stress. Pelo vídeo ele inclusive parece uma criança feliz”, explicou o delegado.
Versão da mãe
Na versão contada por Lisa, a mulher alegou que o filho chegou da escola e convidou a irmã para ir ao porão construir um forte, uma de suas brincadeiras favoritas.
Entretanto, o filho adolescente da suspeita afirmou em depoimento que não era comum as crianças brincarem no porão, e que geralmente os pequenos construíam fortes na sala: o que apontou mais um desencontro nas versões contadas à polícia.
Em sua versão, Lisa também disse aos policiais que o filho teria pego duas cadeiras da sala de jantar para as levar ao porão, e que ela havia ido fumar um cigarro e passear com o cachorro no momento que as crianças iniciaram o “suicídio”.
Conforme a mulher, no momento em que chegou no porão da propriedade para perguntar aos filhos o que queriam comer, ela se surpreendeu ao os encontrar pendurados pela coleira.
Escola nega bullying
Em mais uma contradição de versões, a escola da criança informou que Conner nunca havia sofrido bullying dos colegas, e que jamais manifestou pensamentos suicidas no local.
Além disso, uma terapeuta ocupacional do ensino disse que o menino tinha problemas com dislexia, o que tornaria impossível ele pegar a coleira do cão para se amarrar sozinho.
Segundo um levantamento feito nas redes sociais e no celular da suspeita, Lisa postava fotos sexualmente explícitas no Facebook, além de imagens de seu cachorro performando atos sexuais em sua perna.
No celular da mãe, investigadores também encontraram buscas recentes de “como matar usando monóxido de carbono do carro”, “melhores episódios da série I almost got away with it”, além de “como se enforcar”.
No momento, Lisa continua presa sem direito a pagar fiança.