Moradores de Nova Aurora afirmam ter visto um leão na área rural do município
Moradores da área rural de Nova Aurora, no oeste do Paraná, afirmam que um leão foi visto passeando pelas redondezas. Pelo menos três pessoas relataram ter avistado animal, entre eles, Wander José de Castilho, que vive em um sítio da região há mais de 40 anos.
Segundo Castilho, foi em durante uma caminhada, há cerca de 20 dias, que ele viu o rei da selva.
“Para mim é leão, tinha até a juba, tudo. Era grandão, mais ou menos da altura do meu peito. Aí, eu vi e voltei correndo para casa. Nem tinha celular para tirar foto, mas igual, fiquei com medo”, diz.
Além dos relatos, pegadas deixadas em estradas de terra também indicam que um animal de grande porte passou por ali, em direção a uma Área de Preservação Permanente.
A veterinária Ana Paula Pezenti, que tem uma chácara no local, conta que no início a situação pareceu pouco provável, mas depois que o suposto animal foi avistado por várias pessoas, ela decidiu procurar ajuda especializada.
“No primeiro momento todo mundo ficou desconfiado, afinal, é um bicho exótico. Mas depois desse relato, foram aparecendo mais e mais relatos, outra moradora viu, depois o filho também e após esse momento, eu procurei a ajuda de biólogos”, conta Pezenti.
Sobre o assunto, Castilho acredita que o leão possa ter fugido de algum criadouro ou mesmo ter sido abandonado por um circo. “Pode ser alguém que tinha cativeiro irregular ou um circo talvez, abandonou. Vai saber”, declara.
IAP monta armadilha para leão em Nova Aurora
Embora a presença de um leão nas matas brasileiras seja curiosa, já que o felino não faz parte da nossa fauna, as autoridades ambientais começaram a monitorar a área na última terça-feira (23). O Instituto Água e Terra (IAT) instalou, nas proximidades do último lugar em que sua presença foi relatada, uma câmera que é ativada por um sensor de movimento e uma armadilha, com o intuito de descobrir se o felino se trata mesmo de um leão e, eventualmente, capturá-lo.
“Esses equipamentos estão no local, vão ficar à disposição lá instalados e serão monitorados. Então, se nesse trecho que ele foi visto duas ou três vezes pelos moradores, caso ele apareça, a gente vai identificar e criar um método de captura mais ágil, por exemplo, com lançamento de dardo, caso ele não caia na armadilha”, explica Taciano Maranhão, gerente regional do IAP.