Júri popular do caso Eduarda Shigematsu é marcado para março de 2022
Depois que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) não reconheceu os recursos apresentados pelos advogados de defesa de Ricardo Seidi e Terezinha Jesus Guiana, em julho deste ano, foi concluído que ambos devem ir a júri popular. A data foi marcada para 24 de março de 2022, a partir das 8h30, no salão do Tribunal do Júri de Rolândia. Ricardo e Terezinha são acusados de participação na morte de Eduarda Shigematsu, em abril de 2019. Os réus são pai e avó da vítima.
Eduarda foi morta por esganadura e enterrada no quintal da casa da avó paterna. Uma denúncia anônima levou a Polícia Civil até o local. Câmeras de segurança registraram o momento em que Ricardo Seidi chega de carro na residência, no dia da morte. A avó Terezinha havia feito boletim de ocorrência dizendo que a neta de 11 anos estava desaparecida.
Em novembro de 2020, o Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) decidiu que o caso havia sido premeditado, diferente do que a defesa do pai afirmava: Eduarda teria cometido suicídio e o corpo foi enterrado em um “momento de desespero”. Terezinha chegou dispensada do júri, em agosto de 2020, quando o juiz criminal de Rolândia determinou que somente Ricardo Seidi iria a júri popular, pois não haveriam provas suficientes contra ela. Entretanto, em novembro de 2020, o desembargador relator entendeu que, mesmo sem provas da participação direta, Terezinha deveria ir a júri popular por saber da relação conturbada entre pai e filha.
O caso voltou para a Justiça de Rolândia e a defesa deve reunir até cinco testemunhas. Ricardo Seidi está preso desde abril de 2019. Terezinha cumpriu 57 dias de detenção, mas foi solta.