Júri de ex-GM acusado de matar Matheus Evangelista deve acontecer nesta terça-feira (3)
Nesta terça-feira (3), está marcado para acontecer o júri do ex-guarda municipal acusado de matar Matheus Evangelista com um tiro no pescoço. Matheus tinha 18 anos e foi abordado pela Guarda Municipal (GM) em março de 2018, na zona norte de Londrina, norte do Paraná. O réu é Fernando Neves, que responde por homicídio qualificado, fraude processual e falsidade ideológica. Ele aguarda em liberdade e nega ser o autor do disparo. O crime sucedeu uma denúncia de perturbação de sossego.
O júri acontece após seis adiamentos. Três agentes da GM foram indiciados por participarem da abordagem e foram afastados da corporação. Entretanto, dois deles tiveram o processo cancelado. Michael Garcia fechou um acordo de não persecução penal, alegando ter dado um tiro para cima, com o Ministério Público do Paraná (MPPR).
Fernando Ferreira, acusado de ter disparado contra Matheus, ficou preso entre abril de 2018 e outubro de 2020. Desde a decisão do juiz Paulo César Roldão, aguarda o júri em liberdade usando tornozeleira eletrônica. O ex-GM afirma que o tirou que matou o jovem foi dado de uma Glock, e que ele usava uma Taurus na ocasião. Para a defesa de Neves, o autor do disparo seria Michael ou uma terceira pessoa.
“Não existe uma testemunha ocular dos fatos que apontam que o Neves disparou. Ao contrário, várias testemunhas apontam o réu Michael como a pessoa que fez os disparos. Além de provas periciais e técnicas que dão a comprovação de que o Fernando não disparou nenhum tiro em direção à vítima”,
afirma André Salvador, advogado do acusado.
Na tarde desta segunda-feira (2), faixas de apoio à família de Matheus Evangelista foram colocadas em frente ao Fórum Criminal de Londrina. O movimento foi feito pelo Conselho Municipal de Promoção de Igualdade Racial. Familiares não compareceram ao local.
“Existiam vários jovens que foram testemunhas e todos foram harmônicos em afirmar que o Matheus veio a ser atingido pelo disparo, o segundo disparo. Não há dúvidas que foi o Neves quem disparou. Isso também foi corroborado com o ex-guarda que estava na ação e de outras testemunhas. O fato de não ter uma perícia conclusiva não exime a responsabilidade dele. Até porque o comportamento de modificar a cena do crime e não ter tomados as providencias cabíveis em leis aponta a responsabilidade dele.” INAIANE ALVES advogada família
diz Inaiane Alves, advogada da família de Matheus Evangelista.
O júri acontece às 9h de terça-feira (3), no Fórum Criminal de Londrina.