Falta de tempo é alegado por mais de um terço dos jovens empreendedores que não usam ferramentas e processos inovadores no dia a dia, revela pesquisa do SPC Brasil

Pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em todos os Estados e no Distrito Federal, identificou que no Brasil, o jovem empreendedor reconhece a importância da inovação e das novas tecnologias para aperfeiçoar a gestão e impulsionar as vendas, mas, ainda são poucos os que investem em técnicas e estratégias inovadoras.

De acordo com o levantamento, sete em cada dez entrevistados acreditam que as novas tecnologias ajudam a desenvolver negócios (70,3%) e potencializam a lucratividade de suas empresas (69,2%). Apesar dessa compreensão, apenas 50,3% dos jovens empreendedores reconhecem já ter incorporado processos e ideias inovadoras aos seus negócios, contra 49,7% de empresários que admitem não adotar essas práticas. A inovação mostra-se mais presente entre os empreendedores com formação universitária (63,1%).

Considerando os empresários que já adotaram processos e ferramenta de inovação, as mais mencionadas são as novas tecnologias para pagamento (44,3%), ferramentas para realizar vendas pela internet (34,9%) e o uso de plataformas tecnológicas para se relacionar com clientes (33,8%). O estudo apurou ainda que 55,3% dos jovens empresários se dizem dispostos a incorporar ideias e novas tecnologias em favor de melhorias e inovação na empresa, chegando em muitos casos a adotar essa prática.

No entanto, a preferida dos jovens são as ferramentas tecnológicas que possibilitam estreitar o relacionamento e interagir com os clientes no dia a dia, como as redes sociais (83,3%) e aplicativos de mensagens instantâneas (79,9%). Em contrapartida, aplicativos de vendas e geolocalização (29,3%), plataformas de educação à distância (32,4%), serviços de compartilhamento de vídeos (35,1%) e programas de armazenamento na nuvem e de partilha de arquivos (45,4%), ainda apresentam baixo índice de uso.

Para manter-se informados, os jovens empreendedores se utilizam, sobretudo, da internet (41,9%) e das redes sociais (31,5%), além da conversa com outros profissionais do setor (26,6%). O aplicativo de troca de mensagens WhatsAppp (51,9%) é a principal ferramenta de comunicação que os jovens empreendedores usam para o relacionamento com clientes, ficando à frente de perfis corporativos nas redes sociais (41,2%) e de anúncios no Facebook (26,9%).

Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, “além de possibilitar acesso a um vasto contingente de informações, a internet é o maior referencial em termos de inovação, pois nela as tendências podem ser detectadas com agilidade, bastando que o empresário consulte suas fontes preferidas. Além disso, o investimento financeiro para fazer uso do meio é baixo, o que facilita ainda mais a adesão”.

Metodologia
Foram entrevistados 788 jovens empresários residentes de todas as regiões brasileiras, com idade entre 18 e 34 anos, de ambos os sexos, e que possuem um negócio próprio. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais e a margem de confiança, de 95%.

Fonte: SPC Brasil – www.spcbrasil.org.br