Apenas o Paraná, Minas Gerais (0,7%) e Santa Catarina (0,06%) registraram taxa positiva em outubro. O desempenho paranaense foi sustentado pelos setores têxtil (16,3%), fumo (15,8%), máquinas e aparelhos elétricos, eletrônicos e de comunicações (11,1%), produtos químicos (5,5%), alimentos e bebidas (4,9%), minerais não metálicos (4,4%), produtos de metal (3,6%), meios de transporte (3,1%) e refino de petróleo e álcool (2,8%).
A massa de salários reais (com dedução da inflação) pagos pela indústria no Paraná teve aumento de 5,8%, abaixo do registrado no Rio de Janeiro (7,9%) e Ceará (7,5%). A média nacional ficou em 3,8%. O desempenho favorável foi determinado por máquinas e aparelhos elétricos, eletrônicos e de comunicações (31,0%), produtos de metal (13,0%), refino de petróleo (11,2%), fumo (10,9%), têxtil (10,2%), produtos químicos (10,1%), minerais não metálicos (8,3%), alimentos e bebidas (7,1%) e metalurgia básica (6,2%).
O número de horas pagas no complexo fabril do Estado cresceu 0,1% (com queda de 1,1% para o Brasil), ficando também em terceiro lugar no ranking nacional, atrás de Minas Gerais (2,3%) e Santa Catarina (0,3%).
Acumulados – De janeiro a outubro, a indústria paranaense manteve a dianteira em todos os itens ligados ao mercado de trabalho acompanhados pelo IBGE. O contingente ocupado teve crescimento de 2,5%, contra decréscimo de 1,4% no Brasil; a renda salarial real total subiu 8,5%, para 3,2% da média nacional; e as horas trabalhadas variaram 1,2%, ante uma retração de 2% para o País.
Os segmentos com melhor desempenho foram máquinas e aparelhos elétricos, meios de transporte, refino de petróleo e álcool, alimentos e bebidas, têxtil, produtos químicos, metalurgia e minerais não metálicos e metalurgia básica.
No índice anual, referente aos 12 meses até outubro, as indústrias instaladas no Estado também ocuparam o primeiro lugar no contexto nacional em volume de pessoal empregado, com índice de 2,9%, frente encolhimento de 1,2% para o País. O resultado é explicado pela evolução de máquinas e aparelhos elétricos, eletrônicos e de comunicações (30,3%), têxtil (11,4%), alimentos e bebidas (8,9%), minerais não metálicos (7,6%), metalurgia básica (7,2%), produtos químicos (6,3%), meios de transporte (4,8%) e refino de petróleo (4,4%).
Em volume de renda salarial real, o Paraná também ficou na primeira posição, com 9,2% contra 3,2% para a média brasileira. As taxas mais expressivas ocorreram em máquinas e aparelhos elétricos, eletrônicos e de comunicações (39%), fumo (17,7%), alimentos de bebidas (13,3%), produtos químicos (12,9%), meios de transporte (11,3%) e têxtil (9,4%). Em horas pagas, com impulsão de 1%, contra recuo de 2,0% para o Brasil, o Paraná ficou praticamente empatado com Minas Gerais (1,1%).
Análise – Para Gilmar Mendes Lourenço, diretor-presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), os indicadores comprovam o dinamismo do mercado de trabalho fabril paranaense. “O resultado é fruto do panorama positivo das cadeias produtivas da agroindústria, metalmecânica, petroquímica e construção civil, e da preservação do ambiente propício à multiplicação de negócios no Estado, fundamentado no bom relacionamento entre governo e iniciativa privada”, avaliou Lourenço.
Ele lembrou que o Programa Paraná Competitivo atraiu desde fevereiro de 2011 aproximadamente R$ 21 bilhões em projetos de investimentos industriais privados, multinacionais e nacionais, com potencial de criação de mais de 115 mil empregos.