A ocupação teve início às 7h30 desta segunda-feira (01), com a participação de aproximadamente trinta índios da etnia Kaingang. Durante todo o dia, eles devem se manter em frente ao local, que fica na avenida Marechal Floriano Peixoto, na região central.

O movimento, segundo o cacique Cretã, da terra indígena Mangueirinha, localizada na região Sudoeste, foi motivado pelas “declarações realizadas pelo PT, através da ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil), que pediu ao Ministério da Justiça a suspensão de estudos da Funai (Fundação Nacional do Índio) para demarcação de terras indígenas no Paraná”.

Atualmente, existem dez terras indígenas em processo de demarcação no Paraná. “Nestas terras, famílias indígenas vivem em condições precárias, sob lonas, sem assistência à saúde e sem escolas. O discurso da ministra favoreceu o agronegócio e foi contrário à luta dos povos originais. É uma fala que só gera conflitos”, diz Cretã.

Além de Curitiba, manifestações também ocorrem nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, onde algumas rodovias serão bloqueadas ao longo do dia.