Uma crise na gestão do Hospital Municipal de Araucária (HMA) que há meses prejudica o atendimento a população teve mais um capítulo neste sábado (2). No começo da tarde, a prefeitura de Araucária emitiu um comunicado informando que a partir das 19h o Hospital Municipal de Araucária estará com todos os seus setores bloqueados. Segundo a nota, apesar dos inúmeros esforços ainda não foi possível viabilizar o atendimento integral.

Os cinco pacientes que estavam internados no HMA estão sendo transferidos para o Hospital Nossa Senhora do Rocio, em Campo Largo, para a continuidade dos seus tratamentos. Já as gestantes que necessitarem de atendimento ou que estiverem em trabalho de parto, devem ir até o HMA onde haverá uma ambulância 24 horas a disposição para fazer o transporte até os hospitais Mater Dei ou Evangélico, em Curitiba.

De acordo com a prefeitura de Araucária, funcionários do HMA estarão de plantão no local para repassar todo o tipo de orientação, esclarecimento e para fazer os encaminhamentos que forem necessários. Qualquer dúvida também pode ser esclarecida pelo telefone 3614.8000.

Por falhas na administração, a prefeitura de Araucária cancelou o contrato com a Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar, que era responsável pelo hospital desde 2008. Médicos e funcionários também sofrem com salários atrasados há vários meses. O HMA chegou a ser interditado e uma nova empresa assumiu a administração do local, porém, os problemas continuaram.

Confira a matéria exibida pelo programa Balanço Geral Curitiba: 

Outro lado

Em nota, a Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar prestou esclarecimentos sobre o encerramento do contrato emergencial para co-gestão do Hospital Municipal de Araucária, ocorrido em 21/07/2014. De acordo com o comunicado, a entidade afirma que a prefeitura do município não honrou, até o momento, compromissos financeiros firmados com fornecedores e com a própria gestora e que durante a administração da Pró-Saúde, nunca houve falta de insumos e comida aos pacientes, bem como não ocorreu atraso de pagamento aos funcionários.

A entidade afirma ainda que lamenta profundamente a situação atual de colaboradores, corpo clínico, fornecedores e parceiros. A Pró-Saúde informou que há um ano e meio vem buscando junto à Prefeitura e à Secretaria Municipal de Saúde, o reequilíbrio econômico-financeiro do contrato de gestão, em razão da adesão feita pelo município ao programa de Política Nacional de Atenção às Urgências, ocorrida no curso da gestão – fato não previsto no edital para a contratação da entidade gestora.

A nota encerra informando que, durante o período de renegociação, a instituição cumpriu rigorosamente o plano de metas previsto em seu contrato, além de assumir o novo serviço que surgiu no decorrer do tempo, sem qualquer contrapartida do Município. Tudo isso está registrado em atas e documentos que estão disponíveis para consulta.