Morreu nesta segunda-feira (15) o homem que foi queimado há cerca de dois meses em Medianeira. Sem ter o nome divulgado, pouco se sabe sobre a vítima de 32 anos. A família do homem afirma que ele não era andarilho, e sim morador da cidade, onde trabalhava.

Segundo a polícia, a vítima era alcoólatra e vivia pelas ruas devido ao intenso consumo de bebidas. “A vítima bebia muito e trabalhava de vez em quando, ficava andando nas ruas, dias sem voltar para casa, mas ele não era mendigo, era apenas um alcoólatra que não retornava à residência da família.”

O fato que levou à morte do indivíduo ocorreu no dia 12 de maio deste ano. A polícia afirmou que como o homem ficou em coma desde o dia do ocorrido, não foi possível ouvir a versão dele. O agressor, Antonio Marcos, afirma que não tinha a intenção de queimar a vítima. Antonio disse que eles começaram a discutir e que foi agredido pelo rapaz. Com isso, para se defender ele jogou uma garrafa pet que estava com álcool no indivíduo, e que a queimadura só ocorreu porque próximo a ele existia uma fogueira, e como o álcool se espalhou, 70% do corpo do homem foi queimado.

Em contrapartida, três testemunhas que estavam no local contam outra versão. “As três pessoas que estavam junto aos envolvidos afirmaram a mesma versão. Eles disseram que todos estavam bebendo e que sem motivo algum, Antonio jogou álcool na vítima e logo após jogou um fósforo aceso. Foi quando o corpo do rapaz começou a pegar fogo.” A polícia prendeu o mendigo no mesmo dia.

Sem uma versão concreta dos fatos, o andarilho continua preso e se for indiciado por homicídio qualificado pode cumprir pena de 12 a 30 anos de cadeia, ou cumprir de 4 a 12 anos caso o juiz veja o caso como lesão corporal grave seguida de morte.

A vítima que estava há dois meses na UTI do Hospital Universitário de Londrina morreu nesta segunda-feira (15) e será sepultada terça-feira (16) na Capela Mortuária do Cemitério Municipal de Medianeira.