Homem fica preso por quase um mês no interior do Paraná por crime que não teria cometido
Um homem de 63 anos está preso na Penitenciária Estadual de Londrina (PEL) desde o dia 13 de agosto por roubo qualificado. Entretanto, a defesa conseguiu habeas corpus porque o idoso não seria o culpado. A suspeita é que o “verdadeiro criminoso” teria usado os documentos de Dirceu Carvalho da Fonseca no momento em que cometeu o crime, em 2009. O caso se arrasta há anos e Dirceu já chegou a ser preso uma primeira vez, nas mesmas condições.
O roubo foi cometido em Cruzeiro do Oeste, em 2009. O ladrão levou um caminhão enquanto ameaçava a vítima com uma arma. No mesmo ano, o suspeito foi pego e assinou como “Dirceu Carvalho da Fonseca”. Ele ficou preso por alguns meses e conseguiu fugir da cadeia. Desde então, não foi encontrado. Dirceu foi preso nesta ocasião e conseguiu habeas corpus também comprovando que ele não seria o acusado.
Em 2012, foi expedido um novo mandado de prisão no nome de Dirceu e cumprido em agosto deste ano, sobre a mesma ocorrência. Ele foi detido em Centenário do Sul e levado até a penitenciária de Londrina, onde permanece preso até o momento. Nesta semana, foi concedido um novo habeas corpus assinado pelo juiz Alexandre Kozechen, em que consta que a “prisão do paciente não se justifica“. Ele deve ser solto nesta quarta-feira (8).
O principal argumento da defesa, representada pelo advogado Diego Iacono Acceti, é um laudo pericial grafotécnico expedido pelo Instituto de Criminalística de Curitiba, em que fica comprovado que as caligrafias das assinaturas não são as mesmas. A defesa busca laudo com base nas fotografias dos dois homens para tentar comprovar que não se trata de um só indivíduo.
Mesmo com a confusão, Dirceu tem em sua ficha outros delitos comprovados em seu nome. Entre os anos de 2009 e 2021, ele respondeu por embriaguez ao volante e por violência contra mulher amparada pela Lei Maria da Penha.