Hemepar começa a usar plasma para tratar infectados por coronavírus

por Redação RIC.com.br
com informações da Agência Estadual de Notícias
Publicado em 1 maio 2020, às 00h00. Atualizado em: 1 jul 2020 às 14h43.

O Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar) começou um projeto-piloto que permite a utilização de plasma convalescente como procedimento experimental no combate ao coronavírus, causador da covid-19. O tratamento pode ser uma esperança para as pessoas infectadas.

O plasma convalescente é a parte líquida do sangue coletada dos pacientes que se recuperaram da infecção pela doença. A técnica utiliza este material para tratar pessoas que tenham sido contaminadas pelo vírus e estejam no início dos sintomas, ainda no quadro leve.

“Este trabalho do Hemepar faz parte das ações do Governo do Estado para viabilizar alternativas de tratamento e minimizar a gravidade dos casos de coronavírus no Paraná, com o objetivo de desafogar os serviços de saúde, salvar vidas e contribuir com as pesquisas científicas”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

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Foto: Divulgação/AEN.

Pacientes curados vão ajudar no tratamento de infectados

O Hemepar vai fazer exames em pacientes que estão curados da covid-19 para confirmação de positividade para anticorpos. Após isso, será feito o agendamento para a coleta de plasma convalescente (plasma hiperimune).

Os doadores precisam ter sido diagnosticados com a doença e aguardar certo período de tempo depois da recuperação antes da doação para obtenção do plasma. O sistema imunológico da pessoa que foi contaminada pelo vírus produz proteínas na corrente sanguínea para combater a doença – os chamados anticorpos.

Sendo assim, após a recuperação do paciente infectado, os componentes sanguíneos com estes anticorpos podem ser coletados. O material pode ser utilizado em outras pessoas para auxiliar no tratamento da doença.

“Acreditamos que estes anticorpos quando transfundidos em pessoas que acabaram de receber um diagnóstico positivo para a covid-19, possibilitem uma evolução da doença de forma mais branda, não necessitando de intubação ou internamento em UTI’s”, explicou a diretora do Hemepar, Liana Labres de Souza. “Diminuindo os agravamentos e as internações, teremos condições de atendimento melhor à população”.