Augusto Liberato circulou por um mundo que nem Silvio Santos chegou. Gugu lançou boybands ao estilo Menudos e Polegar, através da Promoart, empresa dele que ainda existe.

Gugu soube trabalhar marcas como poucos apresentadores.

Tinha uma linha de brinquedos – era barraca do Gugu, boneco do Gugu, piscina do Gugu (não estou aqui falando da banheira do Gugu ou prova da banheira ícone do Domingo Legal nos anos de 1990). Aí que está um diferencial de Augusto Liberato: ele estava em todos os públicos. Tinha brinquedo para crianças, programação adulta, cantava músicas infantis e outras tantas de duplo sentido sem problema nenhum. Quando estava no SBT, foi o primeiro que de fato substituiu o Patrão na condução das atrações do Programa Silvio Santos, quando o titular ficou doente ainda no final dos anos de 1980.

Gugu disputava décimo a décimo a audiência dos domingos com o Faustão. E mais: chegou assinar contrato com a Globo, no fim dos 80, voltou atrás justamente porque teve o aval de Silvio Santos para conduzir sozinho suas atrações no SBT e fazer seus negócios evoluírem.

Na Globo ele seria mais um. Ela sabia e Silvio pagou a multa contratual e Gugu sequer estreou na Globo. Perdemos um apresentador, um ator (sim, lembram do Táxi do Gugu?), um grande empresário. Que dia triste.

*Angelo Binder, em coluna especial para o RIC Mais.