O governador do Paraná, Beto Richa, disse nesta terça-feira (18) que apoia manifestações públicas em prol dos interesses da população, mas que os atos de vandalismo registrados na noite de segunda-feira (17) contra o Palácio Iguaçu, em Curitiba, merecem o repúdio da sociedade paranaense e não representaram a vontade da maioria das pessoas que participaram da manifestação.

“É lamentável que uma manifestação pacífica e democrática, com a participação de grande número de pessoas que reivindicava suas propostas e apresentava suas ideias, terminou com atos de vandalismo contra o patrimônio público”, disse Beto Richa. Cerca de 10 mil pessoas participaram da passeata em Curitiba.

No final do ato, um grupo isolado de pessoas tentou invadir a sede do executivo estadual, o Palácio Iguaçu. Um portão e diversas vidraças foram quebrados e paredes do prédio foram pixadas. “Os próprios manifestantes, pessoas de bem, repudiaram a atitude dos baderneiros, e limparam as paredes externas do Palácio”, afirmou Richa.

RECONHECIMENTO – O governador disse que a série de manifestações que ocorreram em outras cidades do Estado e do País tem todo o apoio e reconhecimento do governo estadual. “Foi como uma panela de pressão que explodiu. Dentro continha muitas insatisfações da população, acumuladas ao longo dos últimos anos”.

VANDALISMO – Foram abordadas nove pessoas por dano ao patrimônio público e, dessas, sete foram conduzidas ao 1.º Distrito Policial, no centro de Curitiba. Também já foram identificadas as fisionomias de outras 42 pessoas que participaram de atos de violência.

A PM investiga fotografias e filmagens registradas durante a manifestação e a tentativa de invasão do palácio. Policiais do serviço velado, à paisana, acompanharam e monitoraram as ações durante o ato. “A polícia atuou para garantir a ordem e a segurança das pessoas e do patrimônio público. As pessoas que participaram do vandalismo serão identificadas e enquadradas no Código Penal”, afirmou o secretário estadual da Segurança Pública, Cid Vasquez.

Yuri Sfair, 26 anos, Ricardo Lacerda Franzen, 20 anos, Vinícius Maschio, também de 20 anos, e Alexandre Henrique Tostes Santana, 37 anos, foram autuados por crime contra o patrimônio público. Cristian Nelson do Nascimento, 19 anos, Weslen dos Santos Camargo, da mesma idade, e Pedro Henrique Ribeiro Barbosa, 29 anos, foram levados para a delegacia, assinaram termo circunstanciado por desacato e foram liberados.