O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) denunciou nesta quarta (5), seis agentes penitenciários da Casa de Custódia de Maringá (CCM) por terem espancado um detento até a morte. A vítima apresentava sinais de transtorno mental e havia sido presa após confessar o assassinato e estupro da mãe adotiva, de 78 anos.

O caso aconteceu em fevereiro deste ano. Marcos de Souza Melo foi detido no município de Ourizona, no dia 14 daquele mês, e levado ao Instituto Médico Legal de Maringá para laudos de lesões corporais. Em seguida, de acordo com as apurações dos investigadores, o preso foi encaminhado à CCM, sem ferimentos.

Já no dia 17 de fevereiro, Melo apresentava várias lesões pelo corpo que, de acordo com a equipe responsável pela vigilância, teriam sido causados pelo próprio detento, que se debateu na cela e chegou a saltar da cama. O Gaeco, porém, acredita que os agentes “submeteram a vítima a intenso sofrimento físico e moral, como forma de aplicar-lhe castigo pessoal.” Mesmo depois de receber medicação, o preso não resistiu.

A promotoria requereu medida judicial para afastar das funções públicas os denunciados, como forma de evitar que eles prejudiquem a instrução criminal. Se a Justiça acatar a denúncia, os agentes irão responder pela coautoria no crime de tortura qualificada. A pena pode chegar a 16 anos.