Menores de idade dançam funk em escola estadual e causam indignação de pais e educadores
Um vídeo publicado no Youtube e que circula nas redes sociais, no qual adolescentes dançam funk em escola estadual, vem gerando polêmica entre pais de alunos e moradores vizinhos à escola estadual São Pedro Apóstolo, localizada na Vila São Pedro, em Curitiba.
As imagens mostram um grupo de adolescentes reunido em torno de pelo menos seis garotas que, ao som de uma música de funk, executam uma série de coreografias com conotações eróticas. Não é possível saber se a “festa” foi gravada no horário de recreio ou saída da escola, mas ao fundo é possível notar um sistema de som instalado no local, em que uma pessoa fala ao microfone e comanda os alunos. Quem assiste ao vídeo se pergunta: teriam sido os estudantes autorizados pela diretoria da instituição a realizarem a festa? Seria a escola um local adequado para este tipo de situação?
Um ex-aluno da instituição, que prefere não ter seu nome divulgado, viu o vídeo publicado no Facebook de uma pessoa conhecida e se disse indignado. “É um desrespeito isso acontecer dentro de uma instituição de ensino. Será que os pais sabem o que seus filhos andam fazendo dentro da escola? É um absurdo a diretoria não fazer nada para coibir esse tipo de coisa”, afirma.
Baile funk em escola teria sido uma iniciativa de um grupo de alunas chamado “As safadas”
Entramos em contato com a responsável pela escola, a pedagoga Giovana Marchiori. Ela informou que o funk aconteceu no intervalo de uma competição esportiva promovida durante a Semana Cultural da instituição. O DJ teria colocado a música a pedido de algumas alunas que fariam parte de um grupo que se auto-denomina “As safadas”. A diretora informou que estava ausente no exato momento em que a dança sensual aconteceu e que determinou o fim do “baile funk” assim que presenciou a cena. “A escola não é lugar para isso. A escola tem que ensinar coisas boas e saudáveis”, desabafou a pedagoga.
Giovana disse estar chateada com a repercussão do vídeo, o que teria ofuscado as demais atividades promovidas durante a semana, que incluíram viagens, esportes, artes e prevenção ao uso de drogas. Sobre o grupo “As safadas”, a diretora disse que as integrantes já provocaram outros problemas relacionados com intrigas e violência. Ela apela para o bom senso dos responsáveis pelas meninas, que teriam consciência do que as filhas provocam no ambiente escolar: “eles (os pais) não estão percebendo a gravidade disso”, diz a diretora.
A equipe de reportagem do portal RIC Mais entrou em contato com a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Educação do Paraná para saber qual o posicionamento do órgão sobre as imagens e aguarda retorno.