Uma manifestação foi realizada por funcionários dos Correios, na manhã desta segunda-feira (3), em frente a uma das sedes do centro de Curitiba. A greve foi iniciada na quinta-feira passada (30) e a principal reivindicação é para que o plano de saúde – atualmente administrado pela própria empresa – não fosse privatizado, pois haveria uma cobrança mensal, além de taxas por consultas e exames.

Em nota de esclarecimento, a empresa afirma que mensalidades não serão cobradas, até porque a Postal Saúde não é um plano de saúde, mas uma caixa de assistência, patrocinada e mantida pelos próprios Correios.  “(…) todas as regras do plano de saúde definidas na Cláusula 11 do Acordo Coletivo de Trabalho estão mantidas”, declara.

Por outro lado, o Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR) insiste que existem várias reclamações em todo país de cobranças por procedimentos que deveriam ser gratuitos.

Segundo a Sintcom-PR, um dos casos foi o do carteiro Luis Balandiuk, da Central de Distribuição Domiciliar Novo Mundo, que procurou atendimento médico no dia 27 de janeiro, com dor muscular e falta de apetite. Depois de diagnosticar a virose, o médico receitou soro fisiológico e, ao final da consulta, acabou cobrando o medicamento diretamente do trabalhador no momento da aplicação.

Balandiuk teve que desembolsar R$40 pela aplicação do soro, procedimento que sempre foi coberto pelo Correios Saúde. “No momento eu nem tinha todo o dinheiro comigo. Com o nosso plano de saúde, nós nunca tivemos que nos incomodar assim. É um absurdo”, avalia.