O imóvel em que vive o executivo brasileiro Carlos Ghosn, ex-presidente da aliança Renault-Nissan, que se refugiou em Beirute no fim de 2019 depois de fugir da Justiça japonesa, não foi destruído, conforme havia declarado ao Estadão sua esposa, Carole Ghosn, na última terça-feira, 5. Uma fonte próxima à família esclareceu neste sábado, 8, que os danos na casa ficaram mais restritos a vidros e janelas e que a declaração de Carole refletiu a tensão do dia da explosão.
Segundo apurou o Estadão, o executivo e sua esposa não estavam em casa no momento do incidente. Foram informados pelos seguranças da casa que o imóvel havia ficado “inabitável”. Quando voltaram, perceberam que os danos não eram tão graves. Ghosn vive no bairro cristão de Beirute, Achrafieh, que fica a cerca de 5 km da área do porto, onde ocorreu a explosão. A maior parte dos edifícios da área sofreu danos semelhantes.
A família está vivendo no Líbano depois que Carlos Ghosn, que estava em prisão domiciliar em Tóquio, empreendeu uma fuga ainda não totalmente explicada das autoridades japonesas. A residência de fachada cor-de-rosa da família – que, na verdade, pertence à Nissan, justamente a montadora que acusa o executivo de desvios – ficou famosa por ser uma espécie de “ponto de encontro” da imprensa após a chegada do ex-todo-poderoso da Renault-Nissan ao Líbano.