São Paulo, 29 – O presidente do Conselho de Administração da BRF, Pedro Parente, acredita que o surto de peste suína africana (PSA) na China desencadeou um momento benéfico para os exportadores brasileiros de carnes, mas há uma série de “indefinições” no processo. “A primeira delas é a falta de transparência nas informações que vêm da China”, afirmou o executivo nesta sexta-feira, 29, durante o Encontro de Analistas da Scot Consultoria.
Para ele, a falta de informações oficiais sobre as ocorrências do vírus no mercado chinês eleva os níveis de risco e gera volatilidade ao mercado, pois abre espaço para especulações, “embora seja um quadro extremamente favorável”, diz Parente, para os setores de proteína animal.
Um dos exemplos de aumento de volatilidade no mercado, na avaliação do executivo, é a escalada dos preços do milho. O insumo é utilizado como base para alimentação de aves e suínos e, com o aumento das exportações de proteína animal, cresce a procura pelo insumo para ração.
Parente destaca, ainda, que a guerra comercial entre Estados Unidos e China é outro fator que adiciona volatilidade ao mercado de commodities.