Por Sofia Menchu
CIDADE DA GUATEMALA (Reuters) – O Departamento de Segurança Interna irá destacar até 89 agentes para a Guatemala até o final de agosto por conta de um acordo conjunto para conter a imigração ilegal e fortalecer a segurança de fronteiras, de acordo com um documento oficial visto nesta terça-feira pela Reuters.
O acordo, datado do dia 27 de maio, foi assinado pelo secretário em exercício do Departamento de Segurança Interna, Kevin McAleenan, e pelo ministro do Interior da Guatemala, Enrique Degenhart.
O documento não faz referência à possibilidade de que a Guatemala possa atuar como um país seguro de “terceira via” para imigrantes que busquem asilo. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse na semana passada que a Guatemala estava se preparando para assinar o acordo.
De acordo com o documento, o departamento enviaria até 65 agentes alfandegários e de proteção de fronteiras, e até 24 agentes de Imigração e Execução Alfandegária (ICE, na sigla em inglês).
“Os participantes pretendem compartilhar informação, práticas ideais e experiências”, diz o acordo conjunto.
Em resposta a um pedido de comentário da Reuters, um porta-voz do departamento se referiu a um pronunciamento telefônico à imprensa feito no início do mies no qual uma autoridade do departamento disse que era muito cedo para dizer quantos agentes seriam enviados, mas que eram estimados “entre dezenas e 100”.
Essa autoridade disse que agentes do Departamento de Segurança Interna atuam como “conselheiros” sem “nenhuma autoridade de execução e aplicação de leis” e que o memorando permitiria que os Estados Unidos levassem mais especialistas para trabalharem com autoridades da Guatemala.
Degenhart disse a jornalistas posteriormente que a Guatemala estava envolvida em discussões com os Estados Unidos sobre a contenção da imigração, mas que não aceitaria a proposta de ser um país que servisse como terceira via segura para os imigrantes.