Estudo mostra relação entre velocidade e gravidade dos acidentes

por Gabriel Albuquerque
Com informações da Prefeitura de Curitiba e supervisão de Giselle Ulbrich
Publicado em 26 maio 2021, às 19h55.

Com apoio do professor Jorge Tiago Bastos, integrante do Departamento de Transportes e do Centro de Estudos em Planejamento e Políticas Urbanas da Universidade Federal do Paraná (UFPR), a Prefeitura de Curitiba está realizando uma série de testes de frenagem em alta velocidade, afim de evitar acidentes mais graves.

A proposta é para a programação municipal neste Maio Amarelo, movimento internacional de conscientização para redução de acidentes de trânsito, em uma ação coordenada entre o poder público e a sociedade civil. Na edição deste ano, o lema é “Respeito. Pratique no trânsito”.

Os testes de frenagem aplicados a velocidades diferentes – a 30 km/h, 40 km/h, 50 km/h e 60 km/h – comprovam na prática a teoria da conhecida Curva de Ashton, que calcula a probabilidade de lesão fatal em colisão envolvendo veículo e pedestre. Jorge Tiago diz que um pedestre atropelado a 60 km/h apresenta um risco de morte de 80 a 100%, dependendo de sua idade. A 50 km/h, o risco de morte caiu para 50%.

Resultados

Para executar o teste, a equipe da Superintendência de Trânsito (Setran) demarcou um ponto de início da frenagem, onde o condutor colocava o pé no freio, e marcou as distâncias de frenagem até a parada total do veículo a 30km/h, 40km/h, 50 e 60 km/h.

A cada 10 km/h a mais acrescentados à velocidade de 30 km/h inicialmente aplicada, a distância de parada praticamente dobrou.

“A 30 km/h, o carro freia na nossa marca de início e para a uma distância de 2,5 metros. A 40km/h, essa distância é praticamente o dobro: 5 metros. A 50 km/h, a distância que anteriormente era de 5 metros passa a praticamente 10 metros. E a 60 km/h essa distância é igual a cerca de 14 metros”

Professor Jorge Tiago Bastos