Ocupação no Colégio Estadual Costa Viana, em São José dos Pinhais

Os estudantes protestam contra a Medida Provisória publicada pelo Governo Federal no dia 23 de setembro, que prevê mudanças polêmicas no Ensino Médio

O protesto dos estudantes paranaenses contra as reformas no Ensino Médio já ocupa onze escolas estaduais de todo o Estado, de acordo com informação repassada pelo presidente da União Paranaense dos Estudantes (UPE), Mateus dos Santos. A maioria dos colégios ocupados está concentrada na cidade de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, mas há ocupações também na capital e no interior. Confira no quadro abaixo a lista de escolas ocupadas.

Os alunos começaram as ocupações na noite da última segunda-feira (03) e não há previsão para que as escolas sejam liberadas.

Durante uma assembleia no Colégio Estadual Silveira da Motta, que foi ocupado nesta quarta-feira (05), alunos de vários colégios estaduais decidiram pela ocupação de todas as escolas de São José dos Pinhais.

Em Maringá, na região noroeste do Paraná, houve confusão no Colégio Basílio Itibere. A mãe de um aluno e uma das estudantes que participa da ocupação da escola se agrediram na manhã desta quarta-feira (05). A mulher reclamava da suspensão das aulas por conta da manifestação e as duas teriam se desentendido por que a aluna estava filmando o protesto da mulher.

Além das ocupações, estudantes de várias cidades do Estado organizaram passeatas e atos nesta quarta-feira contra a reforma proposta pelo governo. Em Curitiba, cerca de 600 alunos do Colégio Estadual São Pedro Apóstolo, no Xaxim, fizeram uma manifestação em uma praça do bairro. Além da capital, houve protestos em Pinhais, Ponta Grossa, Cascavel, Cianorte, Jacarezinho, Londrina e Maringá.

Os estudantes protestam contra a Medida Provisória publicada pelo Governo Federal no dia 23 de setembro, que prevê mudanças polêmicas no Ensino Médio. A medida precisa ser aprovada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado num prazo de até 120 dias, caso contrário, perde efeito.

As críticas dos estudantes focam principalmente a flexibilização do ensino e a supressão de disciplinas, como Educação Artística e Educação Física.

Em nota, o Ministério da Educação informou que a medida provisória enviada ao Congresso cria a base legal para a reforma que é “necessária e urgente”. Segundo a pasta, “as propostas são fruto de amplo debate acumulado no País nas últimas décadas”.

Entre as principais mudanças colocadas na MP está a possibilidade de o aluno escolher a área em que vai querer atuar profissionalmente. Segundo o Ministério, a mudança deixará o currículo articulado com o ensino técnico profissionalizante.

Escolas ocupadas no Paraná: